Rio de Janeiro, 16 de Abril de 2024

Você se considera perfeita?

Você se considera perfeita?
 
Possivelmente, não.
 
Porém, existem algumas mulheres que vivem bem com os seus pequenos defeitos enquanto outras, e são muitas, não os assumem.
 
Então, quando é que podemos falar em complexo?
 
Quando uma pessoa acredita que tem uma característica, física ou intelectual, que a torna inferior aos outros ou ridícula.
 
A pessoa complexada tem tendência a atribuir todos os seus insucessos e dificuldades ao seu defeito, imaginando que se ele desaparecesse, toda a sua vida seria transformada e consideravelmente facilitada.
 
E os complexos, são ou não justificados?
 
É verdade que muitas vezes existe uma imperfeição, mas o problema é quando lhes atribuímos uma importância excessiva.
 
É difícil elucidar precisamente as causas profundas e múltiplas das reações excessivas.
 
Nota-se geralmente uma real predisposição para o perfeccionismo: a pessoa complexada recusa-se a ser mediana.
 
Quer ser a mais em qualquer coisa: a mais alta, a mais bonita, a mais magra, a mais inteligente, a mais rica, a mais admirada, e não se satisfaz com o seu estatuto normal.

No entanto, este traço de personalidade, por si só, não é suficiente para criar um complexo.
 
A ele juntam-se traumas de infância ou de adolescência, justificados ou não: os comentários dos outros membros da família (ou pior, dos amigos da escola) podem fazer verdadeiras ruínas.
 
5 conselhos para se sentir bem com você
 
Para acabar com esses complexos obsessivos que estragam a sua existência e para permitir à sua verdadeira personalidade desabrochar, aprenda a viver em paz consigo mesma.
 
1. Aceite-se tal como é.
 
Seja realista: você não é nem será nunca a pessoa que sonhava ser, porque o seu ideal é, sem dúvida alguma, demasiado exigente. Isso é assim tão grave?
 
Considera-se francamente tão feia e tão tola que ninguém a quer e que todos fogem de si?
 
Claro que não, afinal tem amigos, um namorado ou marido, filhos. Então, seja honesta consigo mesmo e aceite ser apenas "mediana" como toda a gente e ter uma vida "normal": isso não tem realmente nada de desvalorizador.
 
2. Tire partido dos seus pontos fortes.
 
Acha que o seu peito é muito pequeno?
 
Tente chamar a atenção para as pernas.
 
Acha que os seus lábios são muito grossos ou demasiado finos?
 
Maquie-os discretamente e acentue a maquiagem dos olhos. Todas estas astúcias bem femininas permitem a qualquer mulher tornar-se atraente.
 
3. Não hesite em falar do assunto.
 
Complexada?
 
Fale com uma pessoa na qual tenha inteira confiança: uma amiga muito próxima, um membro da sua família, o seu marido.
 
Peça-lhe um conselho honesto e lúcido acerca do seu defeito, e acima de tudo, escute-o.
 
Se viver realmente muito mal com a situação, pode igualmente consultar um cirurgião estético. Um bom e honesto médico será capaz de lhe transmitir confiança ou de lhe explicar como corrigir o defeito, o que geralmente dissuade a maioria das candidatas à cirurgia, que optam por se acomodar à sua imperfeição.
 
Se o complexo turva a sua vida quotidiana, a ponto de engendrar timidez ou um verdadeiro mal estar, uma conversa com um psicólogo ou com um psiquiatra poderá revelar-se muito útil.
 
4. Afirme-se mais.
 
À medida que vamos ganhando confiança em nós mesmas, começamos a sentir-nos valorizadas e, naturalmente, a interessar-nos menos pelos nossos defeitos.
 
Alargue os seus domínios de competência, desenvolva aqueles em que se sente à vontade, progrida profissional ou socialmente, faça novos amigos para partilhar os seus centros de interesse.
 
Geralmente, as pessoas cuja auto-estima é fraca rodeiam-se mal, e procuram um círculo de relações que os critica. Não caia nessa rede, sob pena de sofrimento suplementar: escolha, pelo contrário, pessoas que gostam de você por aquilo que você é, e que não vão tentar diminuí-la.
 
5. Não atribua os seus insucessos aos complexos.
 
É uma solução fácil, mas muito pouco valorizante. Assim, se não foi contratada para aquele cargo, é realmente porque não é a pessoa ideal para ele, e não porque acharam que o seu nariz era demasiado comprido ou as suas pernas demasiado curtas.
 
E se aquele homem não lhe segurou a porta no restaurante, foi por simples falta de educação e não devido à sua "falta de graça".
 
Você centra-se num pormenor, mas convença-se que os outros vêem uma pessoa inteira e não fazem o mesmo julgamento acerca de si.
 
Sobretudo não se esqueça de que a beleza também é interior e essa, não é efêmera.
 

Crédito:Fatima Nazareth

Autor:Adriana Foligno

Fonte:Universo da Mulher