Rio de Janeiro, 19 de Março de 2024

Como escolher o seu óculos de sol?

Como escolher o seu óculos de sol?
Na busca por preço baixo, muitas pessoas optam pela compra de óculos de sol em bancas de vendedores ambulantes, no meio das ruas.
 
Na maioria das vezes, a mercadoria adquirida nestes pontos de venda é falsificada.
E neste caso, o barato pode sair caro. “O preço não é o melhor parâmetro para avaliar se os óculos que estão sendo adquiridos são de boa ‘qualidade’. A população precisa se conscientizar de que o custo social é alto quando se adquire um produto pirata", afirma o oftalmologista Virgilio Centurion, diretor-clínico do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.
 
 
Os óculos de sol também figuram na longa lista de produtos pirateados que são vendidos no Brasil. Dificilmente, as lentes de um óculos falsificado contém filtros que bloqueiam a luz ultravioleta. Em vez de proteger, podem causar lesões na retina e até mesmo levar à catarata. "Óculos vendidos no comércio informal, sem consulta médica, são muito perigosos”, alerta o médico, que também é presidente da ALACCSA, Associação Latino-Americana de Cirurgiões de Córnea, Catarata e Cirurgias Refrativas.
 
 
A pirataria, além de se apresentar como um perigo potencial à saúde humana, dificulta, ainda, a aplicação do Código de Defesa do Consumidor. A mercadoria falsificada é oferecida no mercado informal, o que dificulta a identificação e responsabilização do vendedor ou do fabricante e a comprovação da compra, por não haver emissão de nota fiscal. "No momento em que compramos um produto pirateado, rasgamos o Código de Defesa do Consumidor, que é a forma do cidadão garantir seus direitos e participar da sociedade de consumo", diz Virgilio Centurion.
 
 
Os óculos falsificados chegam bem mais baratos ao mercado por não possuírem tecnologia capaz de filtrar os raios UV. De acordo com estimativas da Associação Brasileira da Indústria Óptica (Abiótica), as falsificações respondem por 50% do número de óculos de sol comercializados no Brasil, hoje.
 
 
 
Efeitos do sol sobre os olhos
 
 
Em julho deste ano, a Organização Mundial de Saúde, (OMS), divulgou relatório que aponta a morte de 60 mil pessoas por ano, em todo o mundo, pelo excesso de exposição ao sol.
 
Estima-se que mais de 90% da carga global de doenças como melanoma e outros cânceres de pele seja causada pela exposição à radiação ultravioleta, UV. Apesar da radiação UV ter efeitos benéficos - basicamente, a produção de vitamina D - em excesso, ela pode levar a uma variedade de problemas de saúde, incluindo câncer de pele e catarata.
 
 
A entidade alerta que muitas das doenças e mortes relacionadas à radiação UV podem ser evitadas através da adoção de medidas preventivas. A OMS sugere que as pessoas limitem o tempo no sol do meio-dia, procurem sombra quando os raios solares estiverem mais intensos, usem roupas protetoras como chapéus e óculos de sol, utilizem filtro solar com fator de proteção 15 (ou mais alto, de acordo com a pele) e, ainda, evitem o bronzeamento artificial.
 
 
“A incidência direta dos raios ultravioleta no olho humano, ocasiona lesões oculares, que gradual e cumulativamente, podem resultar na perda total da visão. As lesões oculares mais comuns causadas pelo excesso de sol são a queda da percepção de detalhes pela mácula - parte da retina responsável por esta função - e a formação da catarata, problema ocular grave, de maior incidência no mundo”, afirma a oftalmologista Sandra Alice Falvo, que também integra o corpo clínico do IMO. “Por isto, é fundamental utilizar óculos de sol capazes de filtrar a incidência destes raios”, diz a médica.
 
 
 
Os óculos apropriados
 
 
A utilização de óculos de sol cujas lentes não ofereçam proteção adequada são considerados, mais perigosos do que simplesmente não usá-los. “O olho humano possui mecanismos de defesa naturais que são inibidos pela escuridão proporcionada pelas lentes. A pupila, que automaticamente se fecharia diante da luminosidade, mantém-se dilatada utilizamos lentes escuras. A reação natural do ser humano de fechar os olhos é comprometida pela utilização dos óculos de sol. Portanto, se as lentes não protegem os olhos, os raios ultravioletas passam e afetam a retina mais severamente do que se não estivéssemos usando nenhum tipo de lente”, explica Virgilio Centurion.
 
 
“A decisão de compra dos óculos de sol deve levar em consideração, primordialmente, o nível de proteção contra a radiação ultravioleta (UVA e UVB) que as lentes oferecem”, enfatiza a especialista. Esta informação deve estar disponível, no momento da compra, seja no adesivo afixado aos óculos ou em livretos contendo informações técnicas sobre o produto. “O comprador deve exigir esta informação”, diz Sandra.
 
 
Além de saber o nível de proteção contra a radiação ultravioleta, também deve ser observada no momento da compra a adaptação dos óculos ao rosto. “Deve ser dada preferência às lentes que envolvam bem os olhos ou que impeçam a penetração de luz através das aberturas existentes entre os óculos e o rosto”, recomenda a oftalmologista.
 
 
A cor das lentes também está relacionada à redução de problemas como enxaquecas, dores de cabeça e fotofobia. “Cores que provoquem pouca distorção da visão e das cores do ambiente, como é o caso, de verde, cinza e marrom são as melhores indicações”, diz Centurion.
 
 
 
Bronzeamento artificial
 
 
A oftalmologista Sandra Alice Falvo lembra que os olhos também ficam expostos aos raios ultravioletas nas câmaras de bronzeamento artificial. “Quando estamos sob lâmpadas de bronzeamento artificial, precisamos bloquear os raios UV. Neste caso, os óculos de sol não resolvem. Devemos, sempre, utilizar óculos especiais de proteção para o bronzeamento”, diz a médica.
 
Ao comprar óculos, seja de grau ou de sol, a melhor indicação de saúde é procurar um profissional - evitando o comércio ambulante, onde não há garantia de procedência - e exigir que as lentes tenham proteção contra os raios solar UVA e UVB. “E se ainda assim, persistirem dúvidas, consulte sempre o oftalmologista, que está apto a fornecer informações corretas, impedindo prejuízos à sua saúde”, recomenda Virgilio Centurion.
 
 
 
IMO
 
 
O Instituto de Moléstias Oculares, IMO é hoje uma das referências internacionais no tratamento oftalmológico, especialmente, nas áreas de diagnóstico, cirurgia e terapia. A clínica localiza-se na cidade de São Paulo, na Avenida Ibirapuera, é formada por uma equipe de profissionais altamente qualificados e devidamente credenciados junto às sociedades e instituições de classe nacionais e internacionais. Dispõe de condições ideais para atender com excelência o público, desde a infância até a terceira idade. Por manter convênios com mais de 60 planos de saúde, pode realizar um atendimento amplo e diversificado à população.
 
 
 
IMO – Instituto de Moléstias Oculares
Endereço: Avenida Ibirapuera, 624.
São Paulo-SP
Horário de atendimento: 08:00 às 18:30, de segunda a sexta-feira
08:00 às 12:00, aos sábados
Telefone: (11) 5573 6424
 
 

Crédito:Fatima Nazareth

Autor:Márcia Wirth

Fonte:Excelência em Comunicação