O atendimento a pessoas portadoras de hanseníase e outras doenças vai ganhar um reforço: o Caminhão da Saúde. Trata-se de uma iniciativa inédita no país e contribuirá para levar assistência médica à população carente de vários estados brasileiros, como Rio de Janeiro, Maranhão, Tocantins e Pará, inicialmente. Pela primeira vez um veículo vai abrigar cinco consultórios - um destinado à detecção e diagnóstico de hanseníase -, um laboratório - para exames com resultados imediatos -, um banheiro - com torneiras automáticas -, elevador para deficientes físicos e gerador.  Também haverá um palco para apresentação de peça teatral sobre sinais, sintomas e como cuidar da hanseníase, além da exibição de vídeos sobre a doença.

O lançamento do Caminhão da Saúde acontecerá no próximo dia 5, às 9h, no Hospital Estadual Tavares de Macedo, antigo hospital-colônia de pacientes de hanseníase, na Rodovia Amaral Peixoto, Km 34, em Venda das Pedras, Itaboraí. O artista e voluntário do MORHAN (Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas Pela Hanseníase) Ney Matogrosso estará presente no local, apresentando o projeto. Paralelamente, ocorrerá o II Encontro de Colônias, que deve reunir pacientes e ex-pacientes de hanseníase que foram levados compulsoriamente, pela extinta Polícia Sanitária, a partir da década de 30, para antigos hospitais-colônia do país (existem 33 unidades atualmente).

A iniciativa é resultado de uma parceria entre o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), entidade sem fins lucrativos que há mais de 20 anos atua no combate à doença, e a Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma).

- O município dirá onde e como o caminhão deve ir, respeitando as peculiaridades de cada região. Já fechamos um pacto com o Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems), que reúne mais de 5 mil gestores, para contarmos com a colaboração deles e demais profissionais de Saúde. O caminhão irá onde houver dificuldade de se levar saúde à população. Maranhão, Tocantins e Pará estão entre os primeiros estados a contarem com esse mutirão porque é onde há alta incidência de hanseníase - afirma o coordenador nacional do Morhan e conselheiro nacional de Saúde, Artur Custódio Moreira de Souza.

 

Telehansen

Central de informação sobre hanseníase, através do qual tiramos dúvidas da população e encaminhamos sugestões e denúncias para as autoridades competentes, entre outras atividades relacionadas à doença.

No município do Rio, é o 2502-0100.

Outras localidades 0800-26-2001.  

Sugiro como fontes a direção da Febrafarma e/ou o conselheiro nacional de Saúde e coordenador do Morhan, Artur Custódio Moreira de Souza.

 

Para outras informações sobre o Movimento, acesse: www.morhan.org.br

                                                            

Quem é o MORHAN?

 

Criado em junho de 1981, o MORHAN completou 25 anos de luta contra a doença e o preconceito no país. É uma entidade sem fins lucrativos, com sede CENTRAL ADMINISTRATIVA no Rio de Janeiro e presente em vários outros Estados brasileiros com aproximadamente 100 núcleos. Conta com a participação de artistas e voluntários. Um grupo que congrega nomes como Ney Matogrosso, Ney Latorraca, Solange Couto, Nelson Freitas, Lino Vilaventura, Siron Franco, Targino Gondim, Karla Karenina, Elke Maravilha, Priscila Fantin e Patrícia Pilar.

 

O que é hanseníase?

              

Doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria (bacilo de Hansen) que compromete principalmente a pele e os nervos deixando seqüelas, se não for tratada precocemente. A Hanseníase se transmite de pessoa para pessoa através das secreções das vias respiratórias (nariz e boca). A enfermidade tem uma lenta evolução sendo que, após o contágio, o indivíduo leva de 2 a 7 anos para iniciar os sintomas. Para um diagnóstico precoce, é necessário que os profissionais da saúde estejam preparados para fazer a suspeita desta enfermidade, e que a população esteja atenta para os sinais e sintomas iniciais. O tratamento da Hanseníase é realizado em postos de saúde, gratuitamente e sem necessidade de internação. Os pacientes em tratamento podem conviver normalmente com seus familiares, seus colegas de trabalho e amigos, enfim permanecem na sociedade sem nenhuma restrição. O tratamento dura de 6 meses a 1 ano. Hanseníase tem cura!

Crédito:Cris Padilha

Autor:Carolina Landi

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