Rio de Janeiro, 28 de Março de 2024

Estrias? Aproveite o inverno e acabe com elas

Estrias? Aproveite o inverno e acabe com elas
Estrias são seqüelas de vários estados fisiológicos como gravidez, estados hormonais, Síndrome de Cushing, musculação, um súbito ganho ou perda de peso, infecções agudas e até deficiências nutricionais.
 
Segundo a cirurgiã plástica Audrey Worthington, como, na maioria das vezes, ocorrem na puberdade e adolescência, acabam por provocar uma queda na auto-estima dos pacientes afetados.
 
“Um vilão comum na juventude é o aparecimento de estrias de crescimento. O estiramento e a ruptura das fibras da derme é provocado pelo desenvolvimento rápido, por ganho de peso ou alterações do colágeno. Podem aparecer nas coxas, quadris, nádegas, seios e nas pernas”.
 
A médica explica que as estrias surgem devagarinho como linhas paralelas, formando ondas, levemente em relevo e de coloração violeta ou avermelhada.
 
Durante os primeiros estágios é comum sentir coceira e irritação.
 
Conforme progridem, vão empalidecendo e perdem a aparência avermelhada e hemorrágica.
 
“No final, o que fica é uma lesão em depressão, branca e atrófica, de superfície enrugada”, descreve Audrey. Segundo a especialista, o que ocorre é uma cicatriz interna causada pela ruptura de fibras dérmicas.
 
Para evitar o problema, a recomendação é hidratar a pele sempre, fazendo massagens locais com óleo de amêndoas ou outros produtos recomendados pelo médico.
 
Nos tratamentos podem ser utlizados o Dye laser, os peelings com ácidos e as injeções intradérmicas de vitamina C, entre outros medicamentos.
 
"É sempre mais fácil tratar as estrias na fase inicial, quando ainda estão avermelhadas", indica dra. Audrey.
 
 
Como tratar as estrias:
 

• Aplicação de ácidos (peelings): alguns tipos de ácidos, especialmente o retinóico, estimulam a formação de colágeno, melhorando o aspecto das estrias. Pode haver descamação e vermelhidão, por isso a concentração ideal para cada caso deve ser definida pelo médico, de acordo com o tipo de pele. Deve ser evitada a exposição solar.
 
• Subcisão (subcision): consiste na introdução de uma agulha grossa, com ponta cortante, ao longo e por baixo da estria, com movimentos de ida e volta. O trauma causado leva à formação de colágeno no local, que preenche a área onde o tecido estava degenerado. Provoca equimose (mancha roxa), que faz parte do tratamento, pois a reorganização do sangue também dá origem à formação de colágeno.
 
• Dermoabrasão: o lixamento das estrias provoca reação semelhante à dos peelings, com formação de colágeno mas com a vantagem de regularizar a superfície da pele, que ganha mais uniformidade. Alguns médicos fazem essa abrasão com cristais (peeling de cristal).
 
• Intradermoterapia: consiste na injeção ao longo e sob as estrias de substâncias que estimulam a formação de colágeno nas áreas onde as fibras se degeneraram. Podem ser usados: vitamina C, ácido hialurónica, glicosaminoglicanos e até cobre.
 
• Preenchimento:  para preencher as estrias com resultados favoráveis, alguns médicos têm usado substâncias como hidroxiapatita metilcelulose, dentre outras.
 
• Laser: quando as estrias ainda estão vermelhas, o Pulse Dye laser, que tem afinidade pelos pequenos vasos (hemoglobina) é excelente.  Além de melhorar a coloração da estria, o calor que o laser promove  estimula a formação de colágeno.
 
Audrey Katherine Worthington (CRM 75398) é cirurgiã-plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, pós-graduada em Medicina Estética pela Sociedade Brasileira de Medicina Estética. É também membro da Academia Brasileira de Medicina Antienvelhecimento, fellow do Serviço de Cirurgia Plástica da Free University de Amsterdã, na Holanda.
 
Atualmente é diretora da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia e coordenadora do curso de pós-graduação em Medicina Estética da FAPES – Fundação de Apoio à Pesquisa e Estudo na Área de Saúde.
 

 

Crédito:Clarice Pereira

Autor:Audrey Worthington

Fonte:Link Comunicação