Rio de Janeiro, 28 de Março de 2024

Como Viver e ConViver com os Outros

-Lancellin-
 
 

 
A ciência mais difícil que até hoje encontramos  foi a de viver em conjunto, e o mais interessante é que precisamos desse intercâmbio para viver. 
 
A lei nos condicionou a essas necessidades biológicas e espirituais.
 
A própria vida perde o sentido se nos isolarmos das criaturas.

Elas têm algo que não possuímos e nós doamos a elas certos estímulos que a natureza lhes negou.
Vemos nisto a presença de Deus, levando-nos ao amor de uns para com os outros.
 
E assim aprendemos a amar por Amor.
 
A sociedade cada vez mais se aprimora, desde quando seus membros passam a se respeitar mutuamente, entrosando as qualidades e desfrutando da fraternidade na convivência.
 
A sociedade é, pois, a flor do aprimoramento humano.
 
No entanto, essa sociedade não pode existir sem o lar.
 
Ela se desarmoniza se deixar de existir a família, que é o sustentáculo da harmonia que pode ser desfrutada pelos homens, em todos os rumos dos seus objetivos.
 
Se queres paz em teu lar, começa a respeitar os direitos dos que convivem contigo. Se romperes a linha divisória dos direitos alheios, afrontarás a tua própria paz.

Quem somente impõe suas idéias, passa a ser joguete dos pensamentos dos outros, às vezes, sem perceber.
 
Estuda a natureza humana, pelos livros e pela observação, que a experiência te dirá os caminhos a tomar e a conduta a ser seguida.

Vê como falas a quem te ouve e como ouves a quem te fala e, neste auto-aprendizado, as lições serão guardadas em lugares de que a vida sabe cuidar.
 
Não gastes teu tempo em palavras que desagradam, nem em horas de silêncio que desapontam.
 
Procura usar as oportunidades no bom senso que equilibra a alma.
 
Procura conversar com os outros na altura que eles já atingiram. Isso não é disfarce, é respeito às sensibilidades, é sentir-te irmão de todos em todas as faixas da vida.
 
Ao encontrares uma criança, não passas a ser outra para que ela te entenda? Assim deves fazer nas dimensões da vida humana em que te encontras.

A felicidade depende da compreensão, que gera Caridade, que gera Amor.
 
Conviver com os outros é, realmente, uma grande ciência, é a ciência da vida.
 
Fomos feitos para viver em sociedade.
 
Se recusarmos, atrofiamo-nos e disso temos provas observando as plantas que frutificam mais em conjunto; as pedras, que dão mais segurança quando amontoadas, e os animais, que sempre andam em convivência. Tudo se une para a maior grandeza da criação.
 
Essas lições não são somente para os encarnados. Os espíritos, na erraticidade, igualmente obedecem a essa grande regra de viver bem.
 
Nós nos unimos em todas as faixas a que pertencemos, no entusiasmo do bem, que nos dá a vida.
 
Aprendamos, pois, a conviver, a entender e respeitar os nossos irmãos que trabalham e vivem conosco, que tudo passará a ser, para nós, motivo de felicidade, onde enxergaremos somente o Amor.
 
Contrariar as leis que nos congregam é desagregar a nossa própria paz.

E para aprender a viver bem com os outros, necessário se faz que nos eduquemos em todos os sentidos, que nos aprimoremos em todas as virtudes.
 
Sem esse trabalho interior, será difícil alcançar a paz imperturbável no reino do coração.
 

 
 

 
 
pelo espírito de Lancellin
psicografia João Nunes Maia
do Livro Cirurgia Moral

Crédito:Luiz Affonso

Autor:pelo espírito de Lancellin

Fonte:Livro Cirurgia Moral