Rio de Janeiro, 26 de Abril de 2024

Dove revela números sobre comportamento e beleza da mulher

Dove revela números sobre comportamento e beleza da mulher

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2% das mulheres se descrevem como belas

59% acreditam que mulheres fisicamente atraentes são mais valorizadas pelos homem

68% concordam que a mídia utiliza padrões irreais e inatingíveis de beleza

75% querem que a mídia retrate a beleza com pessoas normais

76% dizem que a mídia retrata a beleza baseada mais na atratividade física do que na beleza

77% disseram que a beleza pode ser alcançada também por meio das atitudes e outros atributos não relacionados com a aparência física

54% das brasileiras já considerou submeter-se a cirurgia plástica

 

 

 

Na ânsia de se enquadrar nos atuais padrões de beleza, milhares de pessoas travam uma busca insaciável pela perfeição física. Para obter o corpo escultural e a aparência jovial, enfrentam cirurgias plásticas, experimentam os mais variados tipos de tratamento, alteram hábitos alimentares, entre tantas outras alternativas.

 

Mas o que é ser bonita? Será que essa busca incessante significa sempre saúde e bem-estar ou se dá apenas pela necessidade de alcançar o padrão estabelecido?

 

Para obter respostas reais a essas perguntas e saber mais sobre beleza, auto-estima e os efeitos da mídia no universo feminino, Dove, marca da Unilever, encomendou uma pesquisa global à empresa StrategyOne, com coordenação das doutoras Nancy Etcoff, cientista, psicóloga e professora da Harvard University (EUA), e Susie Orbach, psicanalista da London School of Economics e autora de nove livros.

 

Envolvendo 3.200 mulheres, entre 18 e 64 anos de idade, de dez países (entrevistas realizadas entre fevereiro e março de 2004), EUA, Canadá, Inglaterra, Itália, França, Portugal, Holanda, Brasil, Argentina e Japão, o estudo identifica os componentes dos novos padrões de beleza, incluindo felicidade, relacionamento, autoconhecimento e cuidados pessoais. E conclui que as mulheres estão mais propícias a estarem satisfeitas com suas vidas e seu bem-estar. No entanto, um número muito baixo delas se define como “bela”.

 

A maioria das mulheres está insatisfeita com sua beleza e atratividade física. Para elas o peso e a forma do corpo ainda incomodam. As mulheres japonesas têm o maior índice de insatisfação física (59%), seguidas pelas brasileiras (37%), inglesas e norte-americanas (36%), argentinas (27%) e holandesas (25%). Não é à toa que o ranking de países que mais fazem plástica no mundo, em todas as idades, tem Estados Unidos, México e Brasil, consecutivamente, nas primeiras colocações. As informações são da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps – International Society of Aesthetic Plastic Surgery), com dados referentes a 2003.

 

O Brasil possui um dos menores índices de satisfação com a beleza. Apenas 1% das mulheres se descreve como “bonita”, e 6% como “bela”. O único país abaixo desse índice é o Japão, com 0%.  Além disso, o Brasil é um dos países que mais valoriza as modelos: 13% afirmam que só as “top-models” são verdadeiramente bonitas.

 

A pesquisa mostra que 54% das brasileiras já considerou submeter-se a cirurgia plástica e 7% relatam ter feito algum tipo de intervenção, a taxa mais alta entre os países pesquisados.

 

“Hoje em dia, a mulher média compara seus dotes genéticos com os de algumas poucas modelos escolhidas a dedo. Apesar da beleza surreal, a mídia insiste que essa beleza é alcançável por meio de trabalho árduo, esforço e a compra do produto certo. No passado, invejávamos nossos vizinhos, porque este era o mundo que conhecíamos. Deve ter sido um pouco mais confortante: uma coisa é vencer o concurso local de beleza, outra é ser confrontada com o 1% “top” do mundo”, afirma a pesquisadora Nancy Etcoff. Para ela, a mídia é, de certa forma, responsável pelo aumento da insatisfação das pessoas com seus corpos, ao retratar e destacar apenas tipos exuberantes de físico. 

 

DADOS ALARMANTES

 

Como parte inicial da metodologia da pesquisa, foi desenvolvida uma revisão literária sobre beleza. Para que o estudo ganhasse “corpo” e pudesse se encaixar nos diferentes padrões mundiais, foram analisadas pesquisas acadêmicas, artigos jornalísticos, internet e diversas publicações.

 

Este trabalho possibilitou uma melhor compreensão global do assunto e revelou alguns dados tão curiosos como alarmantes. Um artigo no jornal ´Time Asia`, de 2001, por exemplo, relata que as chinesas estão se submetendo a cirurgias para extensão das pernas por acreditarem que isso as ajudaria no mercado de trabalho. Em Israel, pesquisadoras concluíram que a anorexia nervosa aumentou assustadoramente, provavelmente como conseqüência das mudanças culturais e a influência dos valores ocidentais. Outro estudo analisado mostrou que culturas isoladas adotaram rapidamente padrões ocidentais, uma vez expostas à televisão.

 

No British Journal of Pyscghiatry, em 2002, pesquisadores da Harvard Medical School descobriram que as mulheres das Ilhas Fiji – expostas à televisão – aumentaram drasticamente o desejo por dietas.  A Dra. Anne Becker, chefe da pesquisa, entrevistou dois grupos de meninias de Fiji algumas semanas antes da chegada da televisão, em 1995, e depois, novamente em 1998. Na primeira parte do estudo, a dieta foi classificada como um conceito “não familiar”. Três anos depois, 69% das meninas tinham se submetido a dietas, três quartos se sentiam “muito grandes ou gordas” e um oitavo sofria de bulimia. O estudo conclui que “o impacto da televisão parece ser especialmente profundo, dadas as antigas tradições culturais que anteriormente pareciam proteger contra dietas, purgação e insatisfação corporal no País”.
 
 
 

Insatisfação com as próprias “curvas” ainda é alta entre as brasileiras

Um ano após pesquisa mundial, Dove obtém novos dados e mostra como as brasileiras se vêem diante do espelho

 

Com mais de três mil mulheres de dez países, entre 18 e 64 anos de idade, o estudo realizado por Dove, há um ano, identificou os componentes dos novos padrões de beleza, envolvendo felicidade, relacionamento, autoconhecimento e cuidados pessoais, concluindo que as mulheres estão insatisfeitas com suas formas físicas.  Desta pesquisa surgiu um movimento: a Campanha pela Real Beleza. Sucesso no mundo inteiro, a campanha, que hoje direciona toda a linha de comunicação da marca, foi criada para estimular as brasileiras a questionar os atuais padrões de beleza e se sentirem mais bonitas, valorizando suas próprias características.

 

Totalmente desenvolvida no País, com mais de mil mulheres, uma nova pesquisa de Dove, realizada pelo Ibope, desta vez focada no formato do corpo, ou seja, nas curvas, acaba de ser concluída e reforça que a brasileira, sobretudo as mais jovens, começam a mudar sua visão de beleza. As meninas entre 16 e 17 anos são um exemplo disso: 57% consideram a mulher “violão”, ou seja, com curvas, a que melhor representa a mulher brasileira, contra 39% para as mulheres entre 18 e 29 anos e 31% para as mulheres entre 30 e 48 anos.

 

Apesar de 91% das mulheres preferirem mulheres normais em campanhas publicitárias, poucas estão satisfeitas com seu próprio corpo. Prova disso é que 44% querem perder peso. Mas o que elas fazem? 31% se rendem aos regimes alimentares, 12% fazem ginástica e, surpreendentemente, 5% chegam a tomar remédios. 

 

A pesquisa realizada no ano passado constatou que 7% das brasileiras tinham se submetido à cirurgia plástica, porém, 54% consideravam a possibilidade de uma intervenção cirúrgica. Os novos dados mostram que 19% das brasileiras gostariam de fazer uma cirúrgica plástica, número considerado alto já que este da dado inclui apenas as mulheres que estão se referindo ao peso. 

 

A difícil relação com a beleza não atinge apenas as pessoas normais, mas também as modelos brasileiras. Ou seja, mulheres consideradas símbolos de beleza também colocam sérias restrições estéticas em si mesmas. Isso é o que revela recente pesquisa feita pelo psicólogo Marco Antonio de Tommaso junto a 140 profissionais. Ele perguntou a elas quais notas dariam ao próprio rosto e ao corpo. Em média, deram 7,2 para o rosto e 6,3 para o corpo. Algumas modelos chegaram a se dar nota 2,5 ou 3! “Até que gosto do meu corpo, mas preciso afinar minhas coxas, são muito grossas. Meu peito teria que ser mais empinado. A cintura menor. Uma lipoaspiração no quadril, talvez”, diz H.N. 20 anos 1,74 m, 53 kg.

 

Por meio desses novos dados, conclui-se que poucas mulheres se sentem bem com suas “curvas” e que ainda buscam algo praticamente inatingível. “No passado, deve ter sido um pouco mais confortante: uma coisa é vencer o concurso local de beleza, outra é ser confrontada com o 1% “top” do mundo”, afirma a pesquisadora Nancy Etcoff, da Universidade de Harvard e autora do livro “A Lei do Mais Belo”. Para ela, a mídia é, de certa forma, responsável pelo aumento da insatisfação das pessoas com seus corpos, ao retratar e destacar apenas tipos exuberantes de físico. 

 

Mesmo com um número baixo de mulheres satisfeitas com seu físico, muitas começam a enxergar a beleza de forma diferente, um bom início para que se vejam com bons olhos diante do espelho. Na pesquisa realizada pelo Ibope, constatou-se que 71% das entrevistadas consideram a mulher com curvas acentuadas a que melhor representa a brasileira.

 

 

 

 

Curvas reais na nova campanha de Dove

 

Sucesso mundial, peças que divulgam a linha Firming foram totalmente desenvolvidas no Brasil e seguem o conceito da Campanha pela Real Beleza

 

 

Sair às ruas em busca de “mulheres reais”, com curvas, de bem com seus corpos. Foi assim que a nova campanha de Dove, para divulgar seu Sistema Firmador - composto por sabonete e loção - deu seus primeiros passos no Brasil. Sucesso no mundo inteiro durante o ano passado, a Campanha pela Real Beleza continua ditando os passos da marca Dove, que desta vez celebra as “curvas” reais das brasileiras.

 

Para mostrar que os produtos que compõe a linha Firming, responsáveis por dar firmeza à pele, funcionam em curvas de verdade, a marca adotou meninas com físicos distantes do padrão de beleza e seguiu o mesmo conceito da campanha iniciada no ano passado. Ou seja, levar as mulheres a um questionamento sobre os atuais padrões de beleza, mostrar que a beleza está na valorização das características pessoais de cada mulher e que para ser feliz e estar bem consigo mesma não precisa seguir os padrões impostos pela mídia.            

 

O “casting” da nova campanha, intitulada “Making of”, foi realizado no Brasil e traz mulheres de bem com sua própria beleza.  Em clima de descontração, as imagens da campanha transmitem bem-estar e mostram mulheres de bem com a vida, de bem com suas “curvas”.  “Como as meninas nunca tinham sido fotografadas profissionalmente, ficaram um pouco travadas. Mas, em questão de poucas horas, estavam totalmente soltas. As meninas são lindas, felizes e transmitem uma alegria tão grande que foi difícil não me envolver emocionalmente”, conta Allard, fotógrafo da campanha.           

 

Na tentativa de se enquadrar nos atuais padrões de beleza, milhares de mulheres chegam a cometer verdadeiras atrocidades com seus corpos, o que pode representar um grande mal à saúde. Isso tudo sem se dar conta que são bonitas a sua própria maneira e deveriam valorizar seus próprios traços. Esse é o espírito de Dove, que busca transmitir essa mensagem às mulheres, descomplicando e desmistificando a beleza.          

 

Mundialmente, a Campanha pela Real Beleza nasceu em abril do ano passado e chegou ao País em setembro. Tendo como base uma pesquisa mundial, feita em 10 países, envolvendo 3200 mulheres, Dove está refletindo o posicionamento da sociedade, revelado na pesquisa, se tornando mais próxima e criando maior identificação com as mulheres. “Queremos fazer com que as mulheres se sintam mais bonitas diariamente, ampliando a visão limitada de beleza que existe hoje, inspirando-as a se cuidar. Enfim, que valorizem suas próprias características e parem de sofrer para chegar a um padrão de beleza praticamente inatingível”, conclui Patrícia Aversi, gerente de marketing de Dove.

 

 

 

Crédito:Anna Elizabeth

Autor:César Leme

Fonte:X Press