Rio de Janeiro, 29 de Março de 2024

Chip da Beleza

Implante Hormonal não pode ser banalizado e vendido como "chip da beleza"

O método é indicado para tratamento de distúrbios ginecológicos para endometriose, adenomiose, TPM intensa e outras patologias.

Implante hormonal é um dispositivo implantável embaixo da pele, que libera hormônios de maneira progressiva por um período de até um ano.

Trata-se de um tubinho de Silástico inerte ao organismo, contendo substâncias ativas que são liberadas diretamente na corrente sanguínea. A estrutura de silicone controla de forma segura as doses de hormônio liberadas diretamente pelo implante, proporcionando um tratamento eficaz e minimizando os efeitos colaterais.

Os implantes hormonais devem ser colocados somente por médicos ou enfermeiros capacitados e podem permanecer no corpo mesmo após o período de liberação do medicamento, uma vez que o material é inócuo ao organismo. Além disso, diferentemente dos implantes biodegradáveis, em caso de sensibilidade ao princípio ativo ou desistência do tratamento por qualquer motivo, o paciente poderá interromper o seu tratamento a qualquer momento.

De forma errônea ele foi divulgado nas redes sociais e até mesmo em matérias na imprensa como um método para perda de peso ou aumento de massa muscular.

O implante jamais deve ser utilizado pensando em qualquer benefício estético para a paciente.

Quando o tratamento é feito de forma correta e com um produto de qualidade, os principais benefícios do tratamento são o aumento da disposição, melhora da libido, alívio de cólicas menstruais e sangramentos intensos.

Nem todas as mulheres devem e podem usar implantes hormonais, pois o uso inadequado, a falta de especialização do profissional e a procedência do produto, podem causar um efeito totalmente oposto ao desejado.

O tratamento com implantes hormonais é realizado por meio da implantação subcutânea de um segmento de tubos de silicone semipermeáveis. Esses tubos medem de 4 a 5 cm e comportam cerca de 40 a 50 mg de uma substância hormonal pura, que pode ser estradiol, testosterona bioidêntica ou progestínico.

É importante ressaltar que os implantes hormonais são facilmente removíveis em consultório de forma rápida e indolor.

Após a implantação do implante silástico, o hormônio é liberado gradativamente na corrente sanguínea, de maneira segura e com dosagem personalizada, por um período de seis meses a um ano. Em suma, o método bloqueia a ovulação, fazendo com que a mulher não menstrue ou sofra com os incômodos indesejáveis da TPM.

O método também é utilizado para reposição hormonal no climatério ou menopausa.

Entre os principais motivos que fazem com que os implantes hormonais sejam cada vez mais procurados estão:  eficácia, praticidade, segurança, conforto e bem-estar da paciente.

A mulher que tem interesse em utilizar o método, deve passar por uma avaliação clínica e laboratorial minuciosa antes da colocação do implante.  “É de suma importância que a paciente se sinta segura e confortável com o método, para isto, deve  tirar todas as dúvidas com seu médico  e também alinhar as expectativas sobre o método que irá utilizar”.

Saber a procedência do implante,  como são manipulados e o que contém em cada um deles é fundamental para a segurança da paciente.  Cada paciente deve ter um tratamento individualizado que se adeque de maneira específica às suas necessidades.

Além disto,  é de fundamental importância o acompanhamento constante pelo médico que prescreveu o método para que o tratamento  alcance o sucesso desejado.

 

Sobre Dr. Luiz Carlos Calmon – Médico Ginecologista e obstetra

Ginecologista e Obstetra, Dr. Luiz se formou na Escola de Medicina e Saúde Pública na Bahia, e possui registro nos conselhos regionais para atendimento em 4 importantes Estados do País (Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília).  Especialista em Histeroscopia pela Sociedade Brasileira de Endoscopia, realizou diversos cursos de extensão nos Estados Unidos, em Oncologia, no Roswell Park Memorial Institute – Buffalo e também Fellowship no Departamento de Prevenção de Câncer Ginecológico do Detroit Medical Center – Michigan.

Atualmente  é diretor médico da Clinica Elsimar Coutinho.

 

Crédito:Luiz Affonso

Autor:Amanda Oliveira

Fonte:Patwork