Rio de Janeiro, 18 de Maio de 2024

Salve sua pele

Roberta Dabdab/Ed Globo
OURO
Ana Hickmann, que vai à praia ou apela para o bronzeamento artificial. "A cor da pele é um diferencial na minha carreira", diz

Mal o verão se anuncia, bate nos brasileiros aquele desejo incontido de curtir uma praia. O que pode ser mais prazeroso que andar ao ar livre, esticar-se na areia e dar um bom mergulho? Mas as férias ideais de todo veranista que se preza andam ameaçadas justamente por quem as propicia: o sol. É cada vez maior a ocorrência de câncer de pele, tipo mais popular da doença no país. Neste ano, 63 mil casos serão diagnosticados. O número de mortes vai chegar a 2 mil. Submeter-se aos raios solares sem proteção é, também, o detonador do envelhecimento da pele. Estima-se que 80% das rugas, manchas e pés-de-galinha resultam da exposição prolongada a essa radiação. Hoje, o prazer do "bronze perfeito" convive com o medo da degeneração física - e há quem se preocupe muito com isso. A atriz Carolina Kasting não põe o pé fora de casa sem protetor solar, providência impensável nos anos 60, quando uma freqüentadora das praias cariocas inspirou versos mundialmente famosos: Moça do corpo dourado,/do sol de Ipanema,/o teu balançado (...). Os tempos são outros?


Mirian Fichtner/ÉPOCA
PORCELANA
Carolina Kasting foge do sol e decidiu cultivar sua "brancura"

Nem tanto. Dois terços dos brasileiros ainda vão à praia sem proteção. Os mais abonados recorrem às câmeras de bronzeamento, como a modelo Ana Hickmann. "Prefiro praia, mas, se não der, faço bronzeamento artificial." Tanto uma opção quanto a outra são arriscadas. "Não queremos fazer terrorismo, mas é preciso cuidado para evitar o pior", alerta o dermatologista Jayme de Oliveira Filho, coordenador nacional da campanha de prevenção de câncer. Se as doenças decorrentes da exposição ao sol preocupam o Brasil, em países como a Austrália são tratadas como epidemia. Lá, uma em cada duas pessoas desenvolve algum tipo de câncer. Para estimular a mudança de hábito da população, o governo permite abater gastos com protetor solar do Imposto de Renda. Nos Estados Unidos, seis em cada 100 mil morreram de câncer em 1973. Em 2001, o índice saltou para 16 a cada 100 mil. Mesmo na Inglaterra, país de pouco sol, foram registrados 41 mil casos - a maioria entre os ingleses que torraram em praias estrangeiras nas férias.


Mirian Fichtner/ÉPOCA
SUSTO
Depois de três cânceres, Paulina se protege com filtro, óculos e roupa

São vários os fatores que contribuem para o aumento do câncer de pele no mundo. Entre eles, o culto ao bronzeado, que perpassa diferentes culturas, a maior exposição do corpo com a diminuição das roupas, a popularização das atividades ao ar livre e o afinamento da camada de ozônio. "A camada absorve os raios ultravioleta. Quanto mais tênue ela fica, maior é a quantidade de radiação que chega ao planeta", explica Gutemberg Borges, professor do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os raios UVA e UVB têm efeitos nefastos sobre a pele (confira abaixo). Acreditava-se até bem pouco tempo que outro tipo de raio solar, o UVC, não atingia a Terra. Mas, com tantos buracos na camada de ozônio, alguns cientistas apostam na possibilidade de ele também estar provocando danos pelo planeta. Pouco se sabe sobre os UVC, mas imagina-se que sejam tão ou mais maléficos que os raios UVA e UVB. "Países que estão próximos dos pólos, como Austrália e Nova Zelândia, sofrem mais com a influência desses raios", explica Borges.

O sol não pode ser visto como "o" grande vilão. Ele estimula a produção de vitamina D no organismo, fundamental ao fortalecimento dos ossos. É também um poderoso antidepressivo. A culpa é de quem se expõe sem proteção. No Brasil, onde durante o verão a incidência dos raios ultravioleta atinge níveis altos, todo cuidado é pouco. E não é no litoral que mora o perigo. Quanto maior a altitude, mais rarefeita é a camada atmosférica. A cada 300 metros, aumenta em 4% a vermelhidão provocada pela radiação solar. Capitais como Brasília, Belo Horizonte, Goiânia, Campo Grande, Curitiba e Palmas apresentam índice de ultravioleta muito alto, de outubro a março. Nesse período, é melhor ficar à sombra, pois, em questão de minutos, o sol destrói células e altera o sistema imunológico, permitindo que as células cancerosas se desenvolvam.

BARREIRA DE PROTEÇÃO
Maior órgão do corpo humano, a pele funciona como um escudo contra os efeitos nefastos do meio ambiente, sendo a radiação solar o principal deles

RAIOS UVB
Mais intensos no verão, entre 11 e 15 horas. São os principais vilões, sendo os responsáveis pelo câncer de pele. Os UVB agem diretamente no DNA das células, atacando o sistema imunológico e diminuindo a capacidade de defesa do organismo. Apesar de mais nocivos, eles fornecem sinais de sua presença provocando vermelhidão e bolhas de queimadura

RAIOS UVA
Estão presentes o dia todo, do amanhecer até o anoitecer. Parecem inofensivos porque não queimam nem deixam áreas vermelhas, mas são os principais causadores do envelhecimento da pele. O efeito cumulativo provoca manchas e rugas com o passar dos anos. Recentemente se descobriu que os raios UVA abrem caminho para os UVB, potencializando sua ação na produção de câncer

Células de Langerhans
Evitam a proliferação das células cancerosas. O sol diminui o número de Langerhans, reduzindo as chances de defesa

Camada morta
Tem esse nome porque é substituída uma vez por mês. Funciona como uma barreira contra a perda de água. O sol resseca-a, deixando-a esturricada

Melanócitos
Células que produzem a melanina, pigmento que protege a pele da radiação solar dando-lhe cor. Expostas exageradamente ao sol, provocam o bronzeado

Queratinócitos
Células que fabricam queratina, proteína que protege a pele. Os raios UVB agridem o DNA dessas células, que, quando alteradas, eventualmente se transformam em câncer

Fibroblastos
Células que fazem fibras de colágeno e elastina, substâncias que dão elasticidade e tonicidade à pele. Os raios UVA destroem essas fibras

Vasos capilares
Mantêm a temperatura do corpo e levam nutrientes para alimentar a derme e a epiderme. A radiação UVA altera as paredes desses vasos, tornando-os ineficientes

Fonte: Denise Steiner, coodernadora do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia

 
AP Divulgação
Diferença marcante
As duas foram ícones de beleza, mas, mesmo com nove anos de diferença, a comparação é reveladora. Aos 68 anos, Brigitte Bardot tem o rosto vincado pelas temporadas na praia. Catherine Deneuve, de 59, que foge do sol, ainda se mantém linda

O tipo de pele também interfere no poder de ação dos raios. As escuras têm uma quantidade maior de melanina, sendo mais resistentes. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), as pessoas de pele muitíssimo branca e sardentas demoram 15 minutos para começar a se queimar; as brancas de olhos claros, 18; as brancas, 24; as de pele moreno-clara, 31; as morenas, 48; e aquelas que têm a pele negra, 66 minutos. Quando a pele muda de tom, já foi muito agredida e está produzindo uma quantidade extra de melanina, pigmento que serve como barreira de proteção. "Estar queimada não é sinal de saúde. É sintoma de doença", comenta Marcus Maia, coordenador do Programa Nacional de Controle do Câncer de Pele da SBD. "Quanto mais bronzeada uma pessoa fica, maiores foram a agressão sofrida e o número de células afetadas."

Mirian Fichtner/ÉPOCA
MORENAÇA
Da turma "tudo por um bronze", Daniela Sarahyba expõe-se ao sol do meio-dia sem proteção, todos os dias

Apesar de a predisposição genética sempre contar pontos, os três tipos mais populares de câncer de pele estão diretamente relacionados à exposição ao sol. O carcinoma basocelular e o espinocelular são menos agressivos e, se detectados e tratados, têm 95% de chance de cura. Já o melanoma maligno é mais perigoso, porque costuma se disseminar para outros órgãos. O ex-presidente Bill Clinton tirou um basocelular das costas sem maiores conseqüências, enquanto Pedro Collor, irmão do ex-presidente Fernando Collor, morreu porque um melanoma não detectado atingiu seu cérebro. Criada na praia, a dermatologista carioca Maria Paulina Kede, de 41 anos, paga até hoje o preço por seu hobby: barcos. Aos 30, notou um sinal estranho no colo. Era um carcinoma basocelular. Já teve outros, nas costas e no braço, todos devidamente tratados. O susto não a afastou das velas. "O que me diverte e relaxa são os esportes do mar, mas saio com protetor, camiseta e luvas", diz.

É natural que, depois de meses com aquele tom "branco-escritório", qualquer pessoa queira bronzear o corpo. Mas, atenção: quem pouco toma sol e se torra naquela semaninha de férias tem possibilidade ainda maior de desenvolver um câncer. Bastam seis doses de investidas desse tipo para simplesmente dobrar o risco de surgir um melanoma. Como os efeitos nocivos do sol são cumulativos, quem se expõe sempre um pouquinho também pode ter a doença, além de ficar com a pele com a textura de um maracujá. "As pessoas, principalmente os turistas, usam produtos à base de urucum, amêndoas e até limão porque querem chegar à praia brancas e sair pretas", conta Ruy Guimarães Botelho, membro do Instituto de Dermatologia da Bahia. "Passo óleo para queimar porque o importante é já estar bronzeada quando o verão começar", confessa a estudante Viviane Rosário, de 20 anos, que na semana retrasada torrava na praia baiana de Corumuxatiba.

Gilvan Barreto/Ag. Lumiar
ABUSO
Apesar de receber gratuitamente filtro solar e ter tido problemas de pele, o salva-vidas Luciano trabalha sem proteção

Criou-se o mito de que tomar sol nas primeiras horas da manhã e no fim da tarde não faz mal. O ator Kadu Moliterno, freqüentador diário da Prainha, no Rio, vem seguindo essa máxima há 40 de seus 50 anos de vida. "Nunca vou surfar ao meio-dia, mas não acho que faça mal nos outros horários", diz ele, que jamais usou protetor solar e desconfia dos que falam em fotoenvelhecimento. "Não existe sol bonzinho", adverte Carlos Eduardo Santos, chefe de Dermatologia do Instituto Nacional do Câncer (Inca). "Os raios UVB, que provocam câncer, não agem nesses horários, mas os UVA, que provocam o envelhecimento da pele, estão a mil." Denise Steiner, coordenadora do setor de cosmiatria da SBD, resume: "Quem se expõe cedinho, vai ficar enrugado. Quem torra ao meio-dia, pode ter um câncer". Desde que trocou as quadras de vôlei cobertas pelas abertas, na areia, a jogadora Isabel, de 42 anos, passa três horas do dia ao sol. Rata de praia na infância, ela hoje se cuida usando filtro, chapéu e fórmulas prescritas pela médica para amenizar os efeitos do sol. "Não tinha consciência. Se tivesse, minha pele seria viçosa, com menos rugas. Foi sorte não ocorrer um problema maior", admite.

O NASCIMENTO DO BRONZEADO
Até o século XIX, rostos e braços queimados eram símbolo de status social baixo, típico de trabalhadores manuais ou rurais. Os ricos mantinham a tez de porcelana porque viviam em ambientes fechados

1910
A helioterapia se populariza como tratamento para quem sofre de acne e turbeculose

1928
Depois de férias no Mediterrâneo, a estilista Coco Chanel prega um novo conceito de beleza: "Uma moça tem de ser bronzeada"

  Divulgação
1944
É fabricado o Coppertone, primeiro bronzeador feito com manteiga de cacau
1945
Lançado o biquíni na França

1972
Os Estados Unidos inventam o FPS - Fator de Proteção Solar. Mas os primeiros produtos com filtro solar só chegam ao Brasil dez anos depois

  Hipolito Pereira/Ag. O Globo
1980
Os anos 70 foram da tanga e os 80 do fio-dental. Nas praias, bronzeadores feitos com receitas caseiras usando Coca-Cola, semente de urucum e óleo de avião provocam queimaduras de segundo grau


1992
Notícias sobre o afinamento da camada de ozônio aumentam o medo de radiação solar

1995
As câmeras de bronzeamento artificial chegam ao Brasil e logo viram mania

1999
A Sociedade Brasileira de Dermatologia faz a primeira campanha nacional de prevenção do câncer de pele

  Roberto Setton/ÉPOCA
2002
Nova legislação proíbe uso das câmeras de bronzeamento por menores de 16 anos

 

Mirian Fichtner/ÉPOCA
EDUCAÇÃO
A jogadora Isabel tenta incutir nas filhas o cuidado com a exposição ao sol, que lhe deu rugas e manchas no rosto

O desejo de conferir um tom dourado à pele é cultural, foi adquirido no século passado. Antes, as mulheres tomavam arsênico, um veneno, para clareá-la. Aos poucos, virou imperativo para que se sentissem belas e desejadas (leia abaixo). Hoje em dia, exibir um bronze é símbolo de status. Significa ter tempo e dinheiro para curtir. A modelo Daniela Sarahyba, de 18 anos, troca o sol ameno da manhã pelo do meio-dia, na praia. "Gosto de me sentir morena", revela a musa do Leblon, que fica diariamente três horas esticada sobre a areia, só de biquíni. "Vou tomar sol enquanto jovem. E me cuidar quando for velha." Não é um exemplo a ser imitado.

Nem todas as culturas valorizam a pele bronzeada. Nos países asiáticos, pessoas alvas são consideradas mais bonitas. Presente em 150 países, a indústria de cosméticos Nívea vende produtos para inibir a produção de melanina no Japão, na Coréia e na Tailândia. "Para esses países criamos uma linha com loções, desodorantes e cremes que clareiam a pele", conta Luciana Bulau, gerente da empresa. A partir dos anos 90, setores ligados ao mundo da moda, do cinema e da televisão também colocaram em alta a tez de porcelana. E, acima de tudo, o alarde sobre o câncer e o fotoenvelhecimento começa a fazer uma parcela da população mudar de hábitos. A maioria, principalmente os jovens, ainda almeja um tom moreno-jambo, mas já não está na moda exibir aquelas horríveis descamações pós-feriado. "Minha pele é branca e vou continuar assim", afirma a atriz Carolina Kasting, de 26 anos. "Prefiro a sombra porque não quero danificar meu rosto."

Mirian Fichtner/ÉPOCA
SEM MEDO
Kadu Moliterno passou 40 de seus 50 anos pegando onda de manhã e não acredita que o sol faça mal nesse horário

Apesar de apenas uma minoria usar filtro solar, o segmento vem crescendo 10% ao ano no Brasil. Quanto mais alto o fator, maior a proteção - mas nunca é de 100%. A maior parte dos produtos só previne contra os raios UVB, porém alguns, com óxido de zinco e dióxido de titânio na fórmula, abrangem também os UVA. Alarmado com o avanço do câncer de pele entre os americanos, o FDA, órgão que controla os medicamentos nos EUA, lançará em 2003 um índice para medir a proteção também dos UVA. Aqui, o governo vem promovendo campanhas educativas. Hospitais da rede pública de São Paulo distribuem gratuitamente protetores a quem sofre de alguma doença de pele. Em Pernambuco, os salva-vidas têm uma cota mensal de dois protetores garantida pelo Corpo de Bombeiros. Apesar disso, o salva-vidas Luciano José da Silva, de 28 anos, se recusa a usá-lo. "É inconveniente. Fico todo melado", confessa, mesmo já tendo tirado uma mancha que poderia virar um câncer.

REDUZINDO OS RISCOS
Para quem não resiste a uma pele morena, as dicas dos especialistas

Adote protetor solar com fator 15 ou mais e observe se há indicação para raios UVB e UVA

O filtro só protege se usado corretamente: passe uma camada de 2 gramas - a média do brasileiro é 0,5 grama

Espalhe o produto meia hora antes de se expor ao sol e repita a operação a cada duas horas

Use chapéu com aba para cobrir as orelhas, óculos escuros e guarda-sol de náilon - o de algodão evita em apenas 5% a passagem da luz solar

Hidrate a pele após ter tomado sol para restaurar a umidade perdida, evitando o ressecamento

Proteja crianças e jovens. Quando a pessoa cuida da pele até os 18 anos, 85% dos casos de câncer podem ser evitados

Esconda-se entre 11 e 15 horas, horário de pico dos raios UVB

Troque o sol pelos autobronzeadores, que dão uma cor à pele sem prejudicá-la

Evite as câmeras de bronzeamento. Os raios UVA envelhecem a pele

Vá ao dermatalogista quando uma pinta aumentar de tamanho ou de cor


Maurilo Clareto/ÉPOCA
REPAROS
A dermatologista Lígia Kogos tenta recuperar os danos provocados pelo sol

A área mais atingida pelo sol é o rosto, cuja pele tem menos de 1 milímetro de espessura. É 100 vezes mais fina que a do braço. De olho em quem sonha com um bronze, mas não quer saber de rugas, a indústria de cosméticos criou os autobronzeadores. São produtos que fazem uma espécie de maquiagem na pele, dando-lhe uma cor bronzeada. "É uma alternativa para quem não suporta ficar branca e quer evitar o sol. Não funciona como barreira de proteção", comenta a dermatologista Cristiana Moron, do Instituto Vita, de São Paulo. "Só é preciso cuidado para passá-los uniformemente no corpo, evitando que algumas áreas fiquem mais bronzeadas que outras", alerta. Já as câmeras de bronzeamento são arriscadas porque emitem raios UVA. No mês passado, tiveram seu uso proibido no Brasil para menores de 16 anos. Nos EUA, elas são freqüentadas semanalmente por 1 milhão de americanos. Aqui, a moda começou em 1996 e explodiu três anos depois, quando famosas como Adriane Galisteu, Xuxa e Carla Perez viraram clientes. Gisele Bündchen mantém o tom dourado com bronzeamento artificial. Outro ícone de beleza, Ana Hickmann, de 21 anos, também. "Faço uma sessão rápida, só para regular a cor quando estou longe do Brasil", conta.

Sinais de mudança são notados nas clínicas de estética. "Tínhamos um procedimento-padrão contra queimaduras porque, todo fim de semana, muita gente ligava com esse tipo de queixa. Hoje, esses casos são raros", conta a dermatologista Lígia Kogos, dona de uma badalada clínica em São Paulo. A maior procura é por tratamentos que amenizam os efeitos nefastos do sol, como sardas, manchas esbranquiçadas e rugas. O peeling a laser e aplicações de ácido retinóico, além de esfoliar e clarear a pele, estimulam a produção de colágeno e elastina. Assim, a nova camada nasce firme e rejuvenescida. São procedimentos caros, não rejuvenescem, mas podem reparar danos. Trata-se de opções para quem já tomou todo o sol a que tinha direito na vida. Com cuidados básicos, peles jovens podem ser preservadas por muito mais tempo. E só assim será revertida a sombria curva do câncer.

COM EDNA DANTAS, DO RIO, EDUARDO BURCKHARDT, DO RECIFE, E TIAGO CORDEIRO, DE SALVADOR

Crédito:Fatima Nazareth

Autor:Aida Veiga

Fonte:Época