Rio de Janeiro, 19 de Maio de 2024

Medicamento pode ser alternativa para TRH

Um princípio ativo que possui ação diferenciada para cada tecido ou órgão feminino pode ser uma alternativa segura para a polêmica Terapia de Reposição Hormonal (TRH). Sintetizada no Brasil, a tibolona supera as terapias convencionais, pois trata os sintomas do climatério, diminui os efeitos colaterais e melhora a qualidade de vida das pacientes até mesmo na esfera sexual.
 
 
A substância tem o efeito de três hormônios: estrogênio, progesterona e androgênio. Sua principal propriedade, a especificidade tecidual, teve a eficácia comprovada por estudos internacionais (Gallagher, J.C. 2001; Berning, B 1996, entre outros). Segundo o Dr. Rui Alberto Ferriani, médico ginecologista e obstetra, professor titular de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, a tibolona é uma alternativa para "mulheres que não se adaptam à terapia combinada de estrogênio e progesterona".
 
 
Estudos mostram os efeitos benéficos do princípio ativo sobre os sintomas do climatério. A ação estrogênica diminui os fogachos (ondas de calor) e a secura da vagina, além de prevenir a osteoporose (perda de cálcio pelos ossos) pelo aumento da densidade óssea.
 
 
Nas mamas, diferentemente do estrogênio, a tibolona reduz a hipersensibilidade, um motivo de queixa de grande parte das pacientes que utilizam as formas tradicionais de TRH, provocada pelo estradiol (um dos tipos de estrogênios produzidos pela mulher). "Essa ação evita o aumento da densidade mamária e diminui as dores. Com isso, pode-se concluir que a tibolona tem um efeito protetor das mamas", explica o Dr. Achilles Machado Cruz, médico mastologista, ginecologista e obstetra, cirurgião do Hospital Alvorada . Essa característica faz com que a substância também seja indicada em casos de pacientes com histórico familiar de câncer de mama.
 
 
Além da ação específica, a redução dos efeitos colaterais, principalmente no endométrio, é um dos diferenciais da tibolona. No interior do útero, ela age como a progesterona, portanto, não estimula o endométrio. Com isso, a incidência de sangramento diminui e, com ele, o risco do desenvolvimento de doenças do endométrio, como o câncer. "Essa é a diferença básica da substância, em relação aos estrogênios. Os efeitos colaterais são menores", afirma o Dr. Ferriani.
 
 
Todas essas características oferecem às usuárias uma melhor qualidade de vida, que se reflete até em melhorias na esfera da sexualidade, o que pode beneficiar pacientes com redução da libido. Mesmo em baixas doses, a eficácia do medicamento não sofre qualquer alteração, proporcionando mais opções para a terapia. Dr. Ferriani ressalta que "se a paciente não necessita de altas doses, ela pode optar por uma mais baixa, sofrendo menos efeitos colaterais e tratando os sintomas da mesma forma. A busca pela baixa dose é uma tendência mundial".
  
 
Made in Brazil
A Libbs Farmacêutica comercializa a tibolona como princípio ativo do Libiam, disponível nas versões 1,25 e 2,5 mg, apresentadas na forma de comprimidos de uso diário e contínuo. As duas doses possuem as mesmas características, o que oferece a possibilidade de individualizar o tratamento.
 
 
A tibolona já é sintetizada no Brasil. Com padrão de qualidade internacional, a Libbs Farmacêutica é a única empresa do mercado farmacêutico brasileiro que produz o princípio ativo. A principal vantagem da sintetização no País é a garantia da qualidade, proporcionada pela maior facilidade de logística e de transporte.
 
 
A Libbs investe desde a década de 80 em tecnologia para a síntese de matérias-primas em suas instalações na capital paulista. Assim, a qualidade e a eficácia dos medicamentos é mantida com base nos padrões internacionais e a custos mais acessíveis à população.
 
 

Crédito:Fatima Nazareth

Autor:Ana Carolina Prieto

Fonte:Segmento Comunicação Integrada