Rio de Janeiro, 19 de Maio de 2024

Terapia hormonal no climatério

Obra  é a primeira com uma visão crítica sobre o assunto e indicações sobre os novos rumos do tratamento
 
Sob o título “Terapêutica hormonal no climatério feminino. Onde estamos e para onde vamos?”, médicos, com apoio da Solvay Farma, lançaram a primeira obra brasileira com uma visão crítica sobre os novos rumos no tratamento dos efeitos do climatério. Considerado um manual prático sobre terapêutica hormonal, o livro foi lançado durante a 13ª Jornada de Ginecologia e Obstetrícia da Maternidade Sinhá Junqueira, em Ribeirão Preto.
 
Dividido em 13 capítulos, o livro aborda de maneira objetiva e crítica as principais questões relacionadas à terapia hormonal, desde seu histórico, prescrição e dosagem, até os riscos e benefícios por ela proporcionados, além de uma análise profunda sobre os recentes e polêmicos estudos divulgados em todo o mundo. 
 
“Diante de tantas incertezas quanto aos riscos e benefícios da terapia hormonal, achamos importante rever, de forma crítica, nesse livro, os seus fundamentos e a sua racionalidade. Isso, ao mesmo tempo em que manifestamos nossa opinião e esboçamos as perspectivas que nos parecem as mais prováveis sobre os rumos da terapia hormonal para os próximos anos”, explica um dos editores do livro e presidente do Conselho Científico da Sociedade Brasileira de Climatério (SOBRAC), dr. César Eduardo Fernandes.
 
          “Terapêutica hormonal no climatério feminino. Onde estamos e para onde vamos?” reúne a experiência  dos mais renomados especialistas brasileiros sobre o assunto, com destaque para o capítulo  escrito pelo dr. Geraldo Rodrigues de Lima, Professor Titular da Disciplina de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM) e um dos nomes mais respeitados desta especialidade no Brasil.
 
Ao longo dos 13 capítulos, o livro aborda as polêmicas causadas a partir da divulgação dos  estudos WHI (Women´s Health Initiative) e MWS (Million Women Study), apontando o que realmente deve ou não ser levado em consideração pelos médicos e pacientes. Por meio da análise detalhada destes dois estudos, os especialistas chegam à conclusão de que a individualização da terapêutica hormonal no climatério é cada vez mais importante, além da personalização das combinações hormonais e utilização de doses mais baixas e por períodos mais curtos. Só assim o médico pode analisar criteriosamente todos os possíveis fatores de risco inerentes a cada caso e considerar a susceptibilidade de cada paciente a possíveis efeitos colaterais durante o tratamento.
 
Os riscos e as discussões sobre a proteção cardiovascular e o câncer de mama também são abordados de maneira clara e objetiva pelos especialistas. Quanto à questão da proteção cardiovascular, os especialistas afirmam que a terapia hormonal nunca se propôs a substituir outras medidas de prevenção primária das doenças cardiovasculares, ela é consagrada e deve constituir-se como carro chefe quando a questão é a eficácia das medidas de prevenção primária ou secundária.
 
 
O acompanhamento especializado é fundamental, assim como o estímulo das mudanças nos hábitos de vida das pacientes, uma orientação nutricional apropriada e a prática regular de exercícios. Já quanto ao risco do câncer de mama, os especialistas são enfáticos: não há comprovação suficiente para afirmar que a terapia hormonal estimula o surgimento de tumores novos nas mulheres ou se apenas propicia o crescimento mais acelerado de neoplasias já existentes. Assim, a primeira regra é sempre pesar riscos e benefícios para decidir se é melhor utilizar a  terapia hormonal ou não. Tendo em mente que a qualidade de vida é muito importante, deve-se esclarecer a paciente e saber dividir a decisão, deixando claro que há dúvidas nessa área. Enfim, o tratamento deve ser personalizado e adaptado a cada mulher.
 
O livro, considerado a única obra sobre o assunto que realmente aponta o futuro da terapia hormonal, tem como mensagem final de que esta opção de tratamento deve ser utilizada de maneira inteligente e individualizada. “Constatamos que a terapia hormonal deve ser explorada em sua máxima amplitude e iniciada o mais precocemente possível. A individualização do tratamento também é de extrema importância, pois cada mulher tem sua necessidade específica”, conclui dr. Fernandes.
 

 
 
 

Crédito:Elis Forgerini e Claudia Moreira

Autor:Elis Forgerini e Claudia Moreira

Fonte:Ketchum Estrategia Assessoria de Comunicação