Rio de Janeiro, 19 de Maio de 2024

Medicamento pode devolver libido e vitalidade à mulher no climatério

Nenhuma mulher deseja sentir-se constantemente desanimada, desinteressada, exausta e sem desejo sexual, apenas porque está na casa dos cinqüenta anos.
 
Porém, é muito comum nessa fase da vida – o tão conhecido climatério – que apareçam incômodos como esses. Os vilões são os androgênios, ou melhor, a falta deles.
Esses hormônios, produzidos principalmente pelos ovários, melhoram a vitalidade da mulher, e também influenciam em sua libido.
Segundo especialistas, a terapia hormonal (TH) com tibolona pode ser uma boa opção.
 
 
“A partir da terceira década de vida, a produção dos androgênios vai declinando, diminuindo progressivamente até a fase de transição para a menopausa, quando então a curva de diminuição se estabiliza”, explica o Dr. Hugo Maia Filho, professor do Departamento de Ginecologia da Faculdade de Medicina da UFBA (Universidade Federal da Bahia) e diretor de pesquisas do CEPARH (Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana), em Salvador (BA).
 
Segundo ele, nessa fase da vida da mulher, os níveis de androgênios já caem para 30% do que eles eram quando a mulher tinha 20 anos. “Acredita-se que, baseado em inúmeros estudos, a deficiência androgênica em graus variáveis possa atingir mais de 50% das mulheres na perimenopausa”, afirma o médico.
 
A tibolona, mesmo em baixas doses, pode ser uma boa opção nesses casos, pois ela leva a um progressivo aumento na quantidade de testosterona – um dos androgênios presentes no organismo da mulher – livre na circulação. “A testosterona livre tem ação sobre o sistema nervoso central, aumentando os níveis de beta-endorfinas e neurotransmissores. Desse modo, a tibolona exerce um efeito positivo sobre a função sexual, melhorando notavelmente a sensação de bem-estar e a qualidade de vida das pacientes”, reforça Dr. Hugo Maia.
 
O Dr. Rogério Bonassi Machado, professor adjunto e chefe do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí, acrescenta que a tibolona “é um hormônio muito interessante, pois ao ser distribuído na corrente sanguínea transforma-se em estrogênio, progestagênio e androgênio. Devido ao último, tem-se utilizado a tibolona como reposição hormonal em mulheres com sintomas de falta de libido, com resultados satisfatórios”.
 
Estudos internacionais, como The effects os tibolone on mood and libido, de S. R. Davis, e Effect on sexual life, J. Nathorst-Boos e M. Hammar, comprovaram os efeitos benéficos da tibolona sobre o humor das usuárias, sendo inclusive mais eficaz que outros medicamentos convencionalmente empregados na TH.
A tibolona também possui especificidade tecidual, ou seja, tem ação diferenciada para cada tecido ou órgão feminino, atuando na diminuição dos fogachos (ondas de calor), da sensibilidade nas mamas e do ressecamento vaginal, sintomas típicos do climatério. Além disso, não estimula o endométrio, diminuindo a incidência de sangramento e, com isso, o risco do desenvolvimento de doenças como o câncer nesse órgão.
 
“O diagnóstico diferencial e minucioso”, alerta Dr. Hugo Maia, “é muito importante”. Pacientes cardiopatas ou com histórico de câncer de mama, por exemplo, não podem se expor ao tratamento. “A menopausa é uma experiência única para qualquer mulher, e apresenta-se como uma impressão digital – cada mulher a percebe de uma maneira. Por isso, o emprego da TH deve ser muito criterioso, individualizado e feito pelo menor tempo possível.
Quanto menor a dose, menos efeitos colaterais”, completa Dr. Rogério Bonassi.
 
A tibolona é o princípio ativo do medicamento Libiam, produzido pela Libbs Farmacêutica. A empresa é o único laboratório que sintetiza a tibolona no Brasil, o que garante qualidade e eficácia ao produto além de custos mais acessíveis ao consumidor.
 

Climatério: um período conturbado

 

Por volta dos 40 anos, quando a mulher entra na maturidade, inicia-se o declínio do funcionamento dos ovários, e com ele, vão chegando ao fim os ciclos menstruais.

É o climatério, constituído pelas fases pré-menopausa, perimenopausa, menopausa (a última menstruação) e pós-menopausa.

Nesse período conturbado na vida da mulher, há uma deficiência na produção de hormônios, que causa uma série de sintomas físicos e emocionais.

Enxaqueca, depressão, ansiedade, insônia, fadiga, atrofia e ressecamento vaginal, ondas de calor, suor excessivo e queda da libido são alguns exemplos.

Porém, o climatério não deve ser encarado como uma doença, mas sim como algo natural, que faz parte do processo de envelhecimento do organismo feminino.

Para obter uma melhor qualidade de vida nesse período, o ideal é procurar um médico, que dará orientações precisas e personalizadas, de acordo com as queixas de cada paciente.

 

Especialistas

Dr. Hugo Maia Filho, médico ginecologista, professor do Departamento de Ginecologia da Faculdade de Medicina da UFBA (Universidade Federal da Bahia) e diretor de pesquisas do CEPARH (Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana), Tel. (71) 247-8216.

Dr. Rogério Bonassi Machado, médico ginecologista, professor adjunto e chefe do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí, Tel. (11) 4521-6466.

 

Crédito:Ana Carolina Prieto

Autor:Ana Carolina Prieto

Fonte:Segmento Comunicação Integrada