Rio de Janeiro, 19 de Maio de 2024

Deficiência androgênica pode causar TPM na mulher madura

A produção de hormônios masculinos na mulher, apesar de pequena, tem uma grande importância para a manutenção de sua qualidade de vida. O período que antecede a menopausa, conhecido como perimenopausa, é o momento em que a mulher mais sente a falta que eles causam, pois é quando os ovários param de produzi-los. É a chamada síndrome de deficiência androgênica, cujos sintomas como diminuição da libido, tensão pré-menstrual, fadiga persistente, apatia, diminuição da massa muscular e diminuição da sensação de bem-estar, de modo geral, atormentam a vida da mulher. Segundo o Dr. Hugo Maia Filho, professor do Departamento de Ginecologia da Faculdade de Medicina da UFBA (Universidade Federal da Bahia), cerca de 40% das mulheres sofrem com esses sintomas, a partir dos 45 anos.

 

“A TPM é uma das condições mais comuns que levam as pacientes na pré e perimenopausa a procurar o ginecologista e para a qual não existe ainda um tratamento estabelecido. A tibolona pode ser uma alternativa eficaz para o tratamento da TPM, principalmente quando associada a alterações do humor e da libido”, afirma Dr. Hugo Maia, que é também diretor de pesquisas do CEPARH (Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana), em Salvador (BA). Em um ensaio clínico realizado na Turquia e publicado recentemente na revista científica Human Reproduction foi possível observar melhora significativa nos sintomas da TPM após o uso da tibolona.

 

O Dr. Hugo Maia, juntamente com o Dr. Elsimar Coutinho, apresentaram no último Congresso Mundial de Reprodução Humana, que aconteceu em Veneza neste ano (2005), um artigo sobre o uso de androgênios na menopausa. O artigo, que foi incorporado no livro editado posteriormente pelos organizadores do congresso, menciona a tibolona como alternativa no tratamento da deficência androgênica, através de um mecanismo semelhante ao que ocorre com o uso de androgênios sintéticos (como a metiltestosterona).

 

Ele explica que os níveis de testosterona começam a declinar a partir da terceira década da vida da mulher, diminuindo progressivamente até a fase de transição para menopausa, quando então a curva de diminuição se estabiliza. “Após vários estudos, ficou evidente que a perimenopausa é o período crítico em que se instala a deficiência androgênica na mulher e esta pode anteceder a falência ovariana e o cessar das menstruações”, afirma o Dr. Hugo.

 

A testosterona é transportada no sangue ligada a uma glicoproteína produzida no fígado, a SHBG (Sex Hormone Binding Globulin). Somente a testosterona livre, não ligada à SBHG, é que está disponível para agir nos tecidos, sendo portanto a fração ativa. Isso permite que a ação da testosterona no organismo feminino seja também regulada através da variação na quantidade de SHBG presente no sangue, sem que haja alterações na quantidade de testosterona total presente na circulação. Os estrogênios, por exemplo, aumentam os níveis de SBHG no sangue e desta maneira diminuem a fração livre da testosterona.

 

No artigo apresentado no Congresso de Reprodução Humana, Dr. Hugo afirma que a tibolona é um exemplo de hormônio sintético que atua através de um mecanismo semelhante: após a ingestão oral e a primeira passagem hepática, há uma diminuição na produção de SHBG pelo fígado, levando a um progressivo aumento na quantidade de testosterona livre na circulação. Isso ocorre porque, no fígado, formam-se vários metabólitos ativos da tibolona, sendo que um deles, a delta-4-tibolona, tem afinidade pelo receptor androgênico. Como o fígado é rico em receptores androgênicos, a delta-4-tibolona ao se ligar a este receptor, provoca uma diminuição na produção de SHBG. O aumento da testosterona livre age no Sistema Nervoso Central, aumentando os níveis de beta-endorfinas e neuro-transmissores, corrigindo assim muitos dos sintomas relacionados com a deficiência androgênica.

 

O uso da tibolona é largamente adotado como forma de reposição hormonal. Dentre os efeitos benéficos foi observado que a tibolona aumenta a libido e a sensação de bem-estar das usuárias, além de prevenir a osteoporose e não estimular o endométrio, diminuindo a incidência de sangramento. A Libbs Farmacêutica produz o Libiam, que tem como princípio ativo a tibolona, em duas apresentações, 2,5 mg e 1,25. A empresa é o único laboratório que sintetiza a tibolona no Brasil, o que garante qualidade e eficácia ao produto além de custos mais acessíveis à consumidora.

 

Perimenopausa: momento de transição
 

O climatério é um período de transição da etapa reprodutiva para a não reprodutiva. Isso ocorre devido à diminuição da produção do hormônio estrogênio pelos ovários. O climatério está dividido em três fases: perimenopausa, menopausa e pós-menopausa. “A perimenopausa é um período que começa quando a mulher está com aproximadamente 45 anos, antes da parada definitiva da menstruação, que já se apresenta irregular. E é nessa fase que surgem, progressivamente, alguns sintomas, como ondas de calor, suores abundantes, depressão, irregularidade menstrual e também alterações urogenitais”, explica o Dr. Rogério Bonassi Machado, médico ginecologista e chefe do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí.


Já a menopausa é a ausência de menstruação por um período de 12 meses consecutivos, em função da perda da atividade dos ovários e ocorre por volta dos 51 anos. E a terceira fase é a pós-menopausa. Segundo o médico, esta fase acontece depois da parada menstrual definitiva e segue pelo resto da vida da mulher. “A conseqüência da queda da produção de estrogênio na pós-menopausa causa redução da secreção vaginal, provocando ressecamento, irritação, prurido e dor nas relações sexuais”, completa ele.


Acesse mais informações sobre climatério e menopausa no site www.sabermulher.com.br

 

Sobre a Libbs
 

Presente no mercado de medicamentos éticos desde 1958, a Libbs Farmacêutica tem 976 funcionários, opera duas fábricas, uma no bairro da Pompéia e outra na cidade de Embu, em São Paulo. Distribuindo medicamentos em todo o País, e faturando cerca de 106 milhões de dólares por ano (dados de 2004, publicados pelo IMS), a empresa é um dos poucos laboratórios farmacêuticos no Brasil que mantêm uma unidade industrial de química fina para produção de insumos para a indústria farmacêutica. A empresa atua nas áreas ginecologia, cardiovascular, neuropsiquiatria, gastroenterologia, pediatria, dermatologia e oncologia. Os produtos mais vendidos atualmente são: Diminut (contraceptivo), Libiam (reposição hormonal), Ancoron (antiarrítmico), Cebrilin (antidepressivo), Finalop (tratamento e prevenção da calvície masculina), entre outros.

 

 

 

Crédito:Anna Elizabeth

Autor:Ana Carolina Prieto

Fonte:Segmento Comunicação Integrada