Entre 3% e 9% da população mundial apresenta algum distúrbio respiratório do sono, como ronco ou mesmo a síndrome da apnéia obstrutiva.
Nos grandes centros urbanos, esse índice pode chegar a 70%, sendo a insônia a queixa mais comum e as mulheres suas principais vítimas.
Assim como todo o processo fisiológico do ser humano, o sono se modifica com a idade e os problemas tendem a se intensificar à medida que as pessoas ficam mais velhas. Em geral, uma boa noite de sono dura de 6 a 8 horas consecutivas, distribuídas em ciclos compostos por estágios superficiais (1 e 2) e profundos (3, 4, 5 e 6), esses últimos responsáveis pela sensação de descanso na manhã seguinte, explica Luciane Luna de Mello Fujita, pneumologista e especialista em Medicina do Sono pela UNIFESP-EPM.
A médica revela que no caso das mulheres é comum os distúrbios aumentarem a partir da menopausa, quando há diminuição dos hormônios. Elas ganham peso e a flacidez das vias aéreas aumenta. Resultado, passam a sofrer mais de apnéia - fechamento das vias aéreas durante o sono, que causa ronco alto, despertares noturnos freqüentes, sensação de cansaço, sufocamento noturno, sonolência diurna com instabilidade do humor, comprometimento da memória e concentração e maior risco de hipertensão arterial e doenças cardiovasculares.
Também é o sexo feminino que sofre mais de insônia.
As mulheres são mais suscetíveis à depressão e ao estresse, causadores da perda do sono no início da noite, despertares freqüentes durante o sono ou mesmo o despertar precoce, o que também resulta em cansaço crônico, nervosismo, irritabilidade, perda da produtividade e alterações do humor.
Fica claro que o sono é de fundamental importância para a qualidade de vida, mas é preciso saber diagnosticar e cuidar do problema, conclui Luciane.
Crédito:Fatima Nazareth
Autor:Anadi/Vanessa
Fonte:DOC Press Comunicação