Dos 30 casos de seqüestro-relâmpago denunciados este ano na capital, a Polícia Civil descobriu quatro falsas comunicações. Três delas com o objetivo de esconder traição amorosa. Um dos que recorreram ao ardil é o vendedor autônomo Rogério Carvalho Coelho, de 22 anos. Ele registrou a falsa ocorrência na 4ª Delegacia de Polícia. Relatou ter fornecido a senha da conta bancária aos assaltantes, e que foi jogado no porta-malas de um carro, embrulhado num edredon. Investigações derrubaram a história. Rogério admitiu ter mentido para para justificar a companheira os dois dias que passou fora de casa, no último dia 11.
Sem saber como explicar à noiva, Lubia de Brito, uma noitada, o auxiliar administrativo Flávio Damião de Sousa, de 33 anos, exibiu uma ocorrência de seqüestro, registrada na 12ª DP. Narrou a abordagem por ""três elementos"" armados, que o obrigaram a ir ao caixa eletrônico e entregar senha e cartão. Depois, jurou ter sido colocado no porta-malas do carro. A polícia descobriu, e ele confessou: no dia 1º de maio, estava com outras mulheres. A mentira às autoridades é punida com pena de um a seis meses de detenção, mas os juízes preferem penas alternativas.
Crédito:Fatima Nazareth
Autor:Hugo Marques
Fonte:Jornal do Brasil