Rio de Janeiro, 19 de Maio de 2024

O que você sabe sobre varizes?

O que você sabe sobre varizes?
Você acha que varizes é somente um problema estético?
Pense de novo porque você está enganada.
 
 
As varizes fazem parte do quadro denominado Doença Venosa Crônica, a qual evolui em estágios progressivamente. Isto significa que a pessoa tem varizes aos 20 anos de idade e, se não se cuidar adequadamente, pode chegar aos 50 com algum problema mais grave, como por exemplo, uma ferida de difícil cicatrização.
 
           
As varizes aparecem, geralmente, após os 20 anos de idade e com maior incidência no público feminino, em função das gestações. "Quanto maior o número de filhos, maior o risco da mulher apresentar varizes.
Segundo trabalho feito na região de Sorocaba, mulheres com mais de três filhos têm alto risco de apresentar o diagnóstico", explica o Prof. e Dr. Eduardo Toledo Aguiar, da Spaço Vascular.
 
           
Nem por isso os homens não têm este problema. O público masculino procura o especialista quando atinge o nível dois e apresenta sintomas como dor vespertina e inchaço, diferentemente da mulher que, em sua maioria, está no nível 1 e 2 quando chega ao consultório. "Felizmente é menor o número de pacientes que procura o profissional quando atingem os níveis 4, 5 e 6", diz.(veja quadro abaixo da classificação das varizes)
 
           
Mas, a maioria das pessoas desconhece o caso varizes como doença. Para isso, é preciso entender seu funcionamento. "Existem veias dilatadas e tortuosas nas pernas que fazem saliência na pele. Apesar de não sentir nada, a pessoa pode, após alguns anos, apresentar problemas de pele como mancha escura, pele endurecida e a ferida de cicatrização difícil", explana Eduardo.
 
           
Entretanto não é motivo para alarde, mas de cuidados. Não é porque a pessoa apresenta um simples vasinho que ela pode apresentar problemas maiores. "Alguns indivíduos podem ter apenas vasinhos pela vida toda. Aliás, isto é freqüente. Nestes casos o problema é somente estético", ressalta. Mas é importante lembrar que, num grande número de casos, os vasinhos se acompanham de dilatações de veias mais calibrosas e estas caracterizam a doença venosa crônica, que deve ser tratada por um especialista.
 
           
Dito isto, você sabe, mesmo, o que fazer? Afinal, quando não tratadas corretamente, as varizes podem provocar complicações desde um cordão endurecido doloroso até sangramentos espontâneos, eczema e, num grau mais elevado, úlceras varicosas. Mas se você já apresenta alguns destes sintomas, acalme-se. Você pode eliminá-las de forma simples e rápida através de uma técnica de combate à doença sem a necessidade de um procedimento cirúrgico e com 99,9% de eficácia, utilizando a espuma.
 
           
A técnica usa as mesmas substâncias da escleroterapia normal (polidocanol e tetradecil sulfato de sódio), mas com uma concentração bem maior, o que a transforma em espuma e potencializa seu efeito. Outra vantagem do procedimento é o preço, em torno de 50% mais barato que outros tratamentos. Procure um especialista.
 
 
De acordo com critério clínico (C), as varizes das pernas
são classificadas em sete grupos:
 
-C 0: caracteriza o doente que não apresenta nenhum sinal de varizes;
 
-C1: é quando o paciente apresenta pequenos vasos de coloração azulada ou avermelhada e de calibres menores que 3 mm;
 
-C2 : quando as veias comprometidas apresentam calibres maiores que 4 mm (podem chegar a mais de 10 mm). Nestes dois estágios, a queixa do doente pode ser estética apenas ou, principalmente no estagio C2, o doente queixa-se de dor como uma sensação de peso ou queimação na barriga da perna, geralmente ao fim do dia ou quando fica em pé por muito tempo;
 
-C3: as veias são calibrosas, o doente sente a dor característica e também nota o inchaço de pé e perna;
 
-C4: além da dor, das veias calibrosas, do inchaço, a pele da perna próxima ao tornozelo adquire coloração castanha e torna-se endurecida, inelástica;
 
-C5: quando o doente apresenta todas as alterações descritas acima e já teve uma ferida, mas esta ferida já cicatrizou deixando a marca da cicatriz;
 
-C6: quando a ferida ainda não cicatrizou, está aberta.
 
 
 
Dr. Eduardo Toledo Aguiar – Professor livre docente da USP e diretor da Spaço Vascular.
Informações pelo telefone: 3085-3894 ou consulte o site:
www.spacovascular.com.br
 
 

Crédito:Solange Arten

Autor:Dr. Eduardo Toledo Aguiar

Fonte:As Pres