Rio de Janeiro, 03 de Maio de 2024

Intoxicação alimentar

Não há nada mais desconfortável e desagradável do que as férias serem interrompidas por uma intoxicação alimentar, que pode provocar vômitos, diarréia e dores abdominais e de cabeça. A proliferação de bactérias acontece mais rapidamente em ambientes quentes e úmidos, que se associados a condições impróprias de higiene, fazem com que os alimentos provoquem mal estar e intoxicação. Por este motivo, o verão é a estação com maior incidência de doenças relacionadas com os alimentos.
 
A intoxicação alimentar ocorre quando uma pessoa ingere alimentos contaminados por certas bactérias. “Quando viajam, as pessoas modificam os seus hábitos alimentares e se preocupam menos com a alimentação”, comenta o cirurgião do aparelho digestivo do Hospital e Maternidade Dr. Christovão da Gama, Carlos Eduardo Corsi. Segundo o especialista, alimentos derivados dos ovos, como a maionese, os peixes e os frutos do mar são alguns que mais comumente levam a uma intoxicação.
 
Para evitar problemas relacionados à alimentação, o cirurgião do aparelho digestivo ressalta que as pessoas devem observar, principalmente, como são conservados os alimentos e quanto estão expostos a agentes deteriorantes, como o calor e a manipulação humana. “No mar, o peixe é um excelente alimento. O importante é observar a consistência da carne, que deve estar firme e desfazendo-se em lâminas. Carne de peixe que esfarela não deve ser consumida”, observa o médico.
 
Confira abaixo algumas dicas do especialista para evitar que as intoxicações estraguem as férias:
 
· Não consumir frios os alimentos que deveriam ser servidos quentes, como os espetinhos de camarão.
 
· Dê preferência a frutas e alimentos leves, sem cremes ou maionese.
 
· Dê sempre preferência a alimentos fritos na hora.
 
· Ostras e crustáceos devem ser bem cozidos.
 
·  Alimentos comprados de ambulantes ou em barracas de praia são sempre arriscados. Alimentos que são vendidos em cestos expostos ao calor correm o risco de estarem deteriorados pelo tempo de exposição fora da geladeira.
 
Em casa, as pessoas também devem tomar alguns cuidados, pois não estão livres da intoxicação e deterioração dos alimentos devido ao calor. Veja as orientações do médico.
 
· Não deixe alimentos congelados degelarem por si, pois bactérias podem crescer na superfície externa dos alimentos. O ideal é degelar o alimento no forno de microondas ou colocá-lo sob água corrente.
 
· Não usar os mesmos utensílios para preparar alimentos crus e cozidos.
 
· Mantenha a temperatura do refrigerados abaixo de quatro graus centígrados. Isto irá retardar o crescimento das bactérias.
 
· Alimentos que sobram de uma refeição devem ser congelados imediatamente para consumo posterior, ou serem desprezados. Caso sejam guardados, deve-se retirar acompanhamentos (como molhos), cobri-los e congelar imediatamente.
 
Apesar de todos os cuidados, se a pessoa perceber que está com intoxicação o melhor caminho é procurar uma assistência médica. “Se o principal sintoma for a diarréia e não apresentando sintomas que indicam infecções de maior gravidade, podemos apenas indicar uma rehidratação domiciliar com soro caseiro: um litro de água filtrada com uma colher de chá de sal e quatro colheres de chá de açúcar”, comenta Corsi. Porém, o médico lembra que se houverem sintomas de maior gravidade, como evacuação de sangue, febre, vômitos e desidratação, um médico deve ser procurado.
 
As principais causas de intoxicação alimentar são: bactérias, vírus, botulismo (causado por toxinas bacterianas da bactéria Clostridium botulini, que se forma em alimentos enlatados ou preparados em casa preservados de maneira incorreta) ou as toxinas químicas.
 
Serviço: Mais informações sobre o Hospital podem ser obtidas através do site www.hmcg.com.br. O cirurgião do aparelho digestivo Carlos Eduardo Rodante Corsi está à disposição para esclarecer dúvidas sobre o tema.
 


 

Crédito:Renata Justi

Autor:Renata Justi

Fonte:DML Atitude