Rio de Janeiro, 29 de Março de 2024

ARRITMIA CARDÍACA:

EXAMES SIMPLES PODEM EVITAR MORTE SÚBITA

Segundo o cardiologista Silas Galvão, do Beneficência Portuguesa e um dos pioneiros em implantação de desfibriladores internos no Brasil, se somarmos as mortes causadas por câncer de pulmão, câncer de mama e AIDS, o resultado ainda será inferior ao de óbitos causados por arritmia cardíaca. Alguns sequer sabem que têm problema. Comece o ano tranqüilo. Visite um cardiologista.


Estima-se que ocorrem cerca de 250 mil casos de morte súbita anualmente no Brasil. Uma média de uma morte a cada 5 minutos. E muitas dessas mortes poderiam ser evitadas a partir de uma simples visita ao cardiologista.

Em condições normais, o nosso coração "bate" em uma freqüência que varia de 60 a 100 vezes por minuto. Os estímulos responsáveis pelo batimento cardíaco são representados por uma espécie de "corrente elétrica" que é transmitida por todo o coração, através de estruturas que poderiam ser grosseiramente comparadas a "fios condutores".

As arritmias cardíacas são distúrbios do ritmo cardíaco, que inclui um grande número de doenças, algumas bastante comuns e outras extremamente raras. Ocorrem em qualquer idade, independente do sexo e da etnia, estando ou não associadas a outras doenças do coração. Podem ser classificadas como:

• Bradicardia: o coração bate menos.

• Taquicardia: ocorre quando o coração bate mais.

Segundo Silas Galvão, responsável pelo departamento de Ritmologia Cardíaca do Hospital Beneficência Portuguesa SP< o maior Complexo Hospitalar da América Latina e um dos recordistas mundiais em procedimentos cardíacos, algumas arritmias são completamente assintomáticas. O sintomas mais comuns são a palpitação (ou "batedeira"), tonturas que pode ocorrer tanto nas bradicardias quanto nas taquicardias. Algumas pessoas são bastante sensíveis e apresentam grande desconforto na presença desse sintoma. Outro sintoma comum é a síncope (ou desmaio) caracterizada pela recuperação imediata e espontânea. O indivíduo pode sentir também falta de ar e mal-estar. “Em casos mais graves, o paciente pode apresentar confusão mental, fraqueza, hipotensão (pressão baixa) e dor no peito (angina), podendo levar à morte súbita. Por isso, a visita ao cardiologista é fundamental. O exame físico, ecocardiograma e o eletrocardiograma são suficientes para a identificação da arritmia”, explica o Dr. Silas.


Fonte: Silas Galvão - cardiologista do Beneficência Portuguesa, com especialização na França. De 1987 a 2007 já implantou mais de 3500 marcapassos, realizou mais de 2000 procedimentos com cateter (ablação) e implantou 380 desfibriladores internos.

Crédito:Cris Padilha

Autor:Bárbara Soares

Fonte: