Rio de Janeiro, 28 de Março de 2024

Os benefícios da fisioterapia respiratória

Os benefícios da fisioterapia respiratória

 

Além de prevenir novas infecções em pacientes com doença pulmonar, as técnicas oferecem melhora dos sintomas e mais qualidade de vida

 


A fisioterapia respiratória pode acelerar o processo de recuperação do paciente com doença pulmonar, assim como melhorar a qualidade de vida e amenizar as complicações relacionadas. As técnicas fisioterapêuticas feitas em ambiente domiciliar também desempenham importante papel na prevenção de novas infecções, que acometem com freqüências estes pacientes. 

 

Os exercícios voltados para o fortalecimento muscular, realizados com o acompanhamento do fisioterapeuta, ajudam a prevenir problemas circulatórios como trombose venosa e tromboembolismo pulmonar, que costumam acometer os indivíduos acamados por tempo prolongado.

 

De acordo com a coordenadora da fisioterapia do Ganep Lar, Valdeles Mônica de Oliveira Bravo, a cinesioterapia é uma modalidade eficaz nesses casos, pois é desenvolvida individualmente e de acordo com a patologia, necessidade e objetivo de cada paciente, resultando em fortalecimento muscular, aumento da flexibilidade, do equilíbrio e melhora da qualidade de vida.

 

Valdeles revela que todo paciente acamado, pela própria condição, apresenta uma gama de alterações no organismo que caracteriza a Síndrome do Imobilismo. Não são complicações somente circulatórias, mas cardiológicas, pulmonares, cutâneas e metabólicas, que devem ser prevenidas sob orientação de um profissional especializado.

 

“Por meio de exercícios voltados para melhorar a função arteriovenosa e linfática, a fisioterapia pode prevenir afecções do tecido cutâneo, como escaras, e até reduzir retenção de líquidos, que consistem nos edemas de extremidades”.

 

Segundo a fisioterapeuta, os músculos têm grande participação no ciclo respiratório, logo sua preservação é de suma importância, ou o paciente necessitará de aparelhos para desempenhar a função ventilatória.

 

 

 

“Além de ter um pulmão que não suporta boa ventilação, se a pessoa não apresentar massa muscular suficiente para manter o ciclo respiratório necessitará de aparelhos para desempenhar tal função”.

 

Nestes casos, a ventilação mecânica ameniza e supre as complicações respiratória e motora ventilatórias. Empregada por meio de dispositivos específicos, tem reduzido os casos de mortalidade precoce por Distrofia Muscular de Duchene (DMD) e Esclerose Lateral Amiotófica (ELA), doenças genética caracterizadas pelo comprometimento progressivo da função muscular.

 

Valdeles afirma que a técnica também é indicada para pacientes que sofrem de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e têm suas funções pulmonares reduzidas gradativamente. “Neste caso devemos aplicá-la concomitante a orientação postural, que reduz significativamente o gasto energético e é fundamental para os que sofrem de má oxigenação”, orienta.

 

A fisioterapeuta reconhece a importância dessas atividades por promoverem o fortalecimento muscular, garantindo massa muscular e porte energético ao paciente, de maneira a melhorar seu padrão ventilatório.

 

Para a prática dessas atividades físicas, o ambiente domiciliar é uma ótima opção. Ao receber atendimento próximo de familiares e amigos, a vítima de DPOC ou de outros distúrbios respiratórios, com suas limitações, tende a ficar mais motivada e responde melhor ao tratamento ministrado pela equipe multidisciplinar. Esta, por sua vez, dispõe do espaço favorável para aplicar as técnicas e fazer exercícios visando a melhora da qualidade de vida do enfermo.

 

Crédito:Cris Padilha

Autor:Acontece - Chico Damaso

Fonte:Universo da Mulher