Rio de Janeiro, 29 de Março de 2024

Dedos como te quero

Quem achava que masturbar-se era um indício de obsessão sexual ou que era simplesmente errado, pode ir mudando de idéia.

Pelo contrário, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) a masturbação demonstra uma sexualidade saudável.

Como transar e praticar esportes, o auto-erotismo rejuvenesce e alivia o estress.

Só não se pode deixar ser este o único meio de obtenção de prazer e viciar-se nisso recorrendo aos dedos toda vez que se irritar ou encontrar-se diante de uma situação estressante.

Dessa maneira a pessoa até pode se acalmar, mas não resolve as causas verdadeiras do problema e não lida com a realidade que está vivendo, alimentando assim, um ciclo vicioso.

Nesses casos a masturbação vira um caso clínico.

Coisa de homem que nada!

Masturbação, expressão latina que significa “manchar a mão”, ainda é tabu entre nós mulheres.

Infelizmente, em sua maioria, são liberais apenas em seus discursos.

Ainda têm muita vergonha de falar sobre esse assunto ou acham que masturbação é “coisa de homem”, que não precisamos nos masturbar e que isso nos torna taradas ou algo do gênero.

Há muito preconceito ainda em torno da masturbação, sendo ela muitas vezes, vista como algo pecaminoso, anormal, que deforma os genitais.

Esses são vestígios da época em que as meninas eram criadas para serem puras e dependente dos homens.

As mulheres continuam sendo estimuladas se desenvolverem seu lado emocional e não o prazer físico, enquanto os homens continuam sendo educados para que tenham uma vida sexual extremamente ative e independente.

A masturbação para os homens chega a ser motivo de orgulho, a mulher se cala na hora de falar sobre isso e assumir o ato.

Entre os homens, 93% se masturbam, enquanto esse número, entre as mulheres, diminui pra 63%.

Esses dados fazem parte da mesma pesquisa mencionada antes, feita por Alfred Kinsey, que apesar de antiga, segundo especialistas, ainda é uma referência segura.

Quantas nunca alcançaram o prazer tão desejado e idealizado porque acham que este só será encontrado fora de si mesmas?

De acordo com as estatísticas, 50% das mulheres já tiveram um orgasmo, sendo que 30% delas só chegaram lá através da masturbação.

Os especialistas apontam, também, outra diferença entre o homem e a mulher: nós somos mais criativas que eles. Recorrer a toalhas, almofadas ou travesseiros faz parte do nosso ritual, sem contar o famoso chuveirinho

Mas há também o outro lado da história.

As mulheres que não se masturbam ou que não conseguem ter prazer sozinhas não são necessariamente problemáticas.

Se o motivo não for preconceito ou culpa, é bastante normal não se conseguir chegar lá com a masturbação.

Existem pessoas que precisam ser estimuladas em várias outras áreas erógenas do corpo para poder atingir o clímax.

E isso só com um bom parceiro.

Há algumas mulheres que sofrem de anorgasmia, que é a incapacidade de ter orgasmos, mas estes casos são muito raros.      

Sozinha é mais rápido

 

Não há uma freqüência que se possa considerar ideal ou adequada para a masturbação, apesar de ser comum masturbar-se mais durante a adolescência.

Segundo pesquisas, aos 20 anos 45% das mulheres já se masturbaram pelo menos uma vez, considerando-se o ato de tocar-se estando consciente da conotação sexual.

Segundo alguns ginecologistas, fetos de sete meses pressionam a vagina com os pés sentindo prazer.

O toque dos dedos no clitóris é, para a maioria das mulheres, a forma de masturbação mais comum e freqüente, segundo uma pesquisa entre universitárias publicada na Revista Brasileira de Sexualidade Humana.

A vontade de estimular-se geralmente diminui quando se tem um parceiro sexual, mas mesmo assim a masturbação pode tornar-se um complemento saudável e bastante excitante do sexo a dois.

Muitas mulheres ainda têm vergonha do ato e segundo essa mesma pesquisa 62% das entrevistadas preferem masturbar-se sozinhas, 36% por preferirem privacidade e 21% por simples vergonha.

Ao contrário do que muitos pensam, as mulheres nunca param de se masturbar.

A tendência é aumentar a freqüência, principalmente depois dos trinta anos.

Na velhice, quando não têm mais parceiro ou eles já não estão com essa “bola toda”, a freqüência aumenta de novo.

Existe também, o problema de muitos homens ainda acharem que a mulher quando se masturba não está satisfeita com o seu parceiro, ou que estão sendo trocados.

Mas a verdade é que a maioria acha mais fácil e rápido ter um orgasmo através da masturbação.

Numa pesquisa feita por Alfred Kinsey, em 1953, a mulher, sozinha, pode chegar lá em menos de quatro minutos e até em menos de 30 segundos.

Isso acontece porque não há ninguém melhor do que nós mesmas para conhecer os “pontos fracos” de nossos corpos.

Sozinha, não há necessidade da mulher ter que sintonizar-se com seu parceiro para saber a hora e a dose certa de usar a fantasia.

Além do mais, masturbar-se não traz consigo os estresses e complicações secundárias que a transa a dois traz.

Não há preocupação com Aids, DSTs e não há risco de gravidez.

Mas não custa avisar: Sempre tenha muito cuidado com a higiene.

Pode-se usar os objetos que desejar, contanto que sejam bem lavados e não tenham farpas nem nada que possa cortar ou ficar preso na vagina.

Então, feche os olhos e sinta...SE.

Crédito:Najah Zein

Autor:Najah Zein

Fonte:www.universodamulher.com.br