Rio de Janeiro, 24 de Abril de 2024

Aprenda a enxergar o outro com respeito

Troque o círculo vicioso união-separação pela compaixão
por Vanessa Mazza Furquim

 
Muitos casais ficam alternando bom humor e mau humor.
 
Vivem momentos de grande euforia romântica mesclados com períodos de dor, sofrimento, raiva, culpa e vontade de sair correndo desse relacionamento que consideram "sufocante, ruim e infeliz".

O que leva casais tão felizes a suportarem momentos de tanta tristeza, dos quais não conseguem se libertar?
 
Quem olha de fora pensa que é muito simples.
 
Costuma dizer que "já que o relacionamento não está dando certo, porque cada um não vai para o seu lado?"

A questão é que o amor existe, habita lá no fundo de nossas almas, mas nossas personalidades cheias de falhas, nossa falta de paciência e compaixão pelo outro nos fazem repetir hábitos e esquemas que reproduzem os mesmos sofríveis resultados: brigas, discussões, reclamações, sentimentos de vítima e mágoa.
 
Sabendo disso, como dar um basta a este círculo vicioso de união-separação, amo-odeio?

A resposta sempre está dentro de nós mesmos, o tempo todo.
 
São nossos pensamentos, ações e palavras que criam e destroem cada situação em nossa vida.
 
Por isso é preciso observar como estamos projetando nossos relacionamentos.

Pergunte a si mesmo:
 
1. Como eu enxergo meu relacionamento, meu/minha parceiro(a)?
2. O que eu costumo dizer a mim mesmo sobre nossa vida em comum?
3. Eu realmente quero continuar nesse relacionamento amoroso?
 
Geralmente os casais que se amam, mas que vivem brigando, responderão essas perguntas dizendo que enxergam o relacionamento como algo maravilhoso, quando estão bem, e como algo muito ruim, quando estão mal.
 
Dirão que seus parceiros são difíceis de lidar ou que não lutam pelo relacionamento.
 
Chamarão a si mesmos de tolos toda vez que o outro não der atenção ou mostrar descontentamento.
 
Isso quando não cometerem algum erro que, com certeza na mente daquele que foi prejudicado, terá sido de propósito.
 
O interessante é que a resposta da pergunta três será: sim, eu quero continuar tentando.

Se esse for o seu caso, podemos entender então que, em essência, o amor continua aí.
 
O que acontece é que, devido a nossa falta de amor por nós mesmos, causada por tantos problemas da vida cotidiana, começamos a persistir num ponto de vista negativo, como se estivéssemos sempre na defensiva.
 
No fim, este mau hábito, muitas vezes repetido, nos faz acreditar em pensamentos e emoções ruins, como se estes representassem nossa mais profunda verdade.
 
É por isso que quando um casal não vai bem, ambos só vêem defeitos e acusações em cada detalhe produzido por seu parceiro, mesmo que na realidade eles não estejam lá.
 


 

Crédito:Luiz Affonso

Autor:Vanessa Mazza Furquim

Fonte:Personare