Dia do Vizinho consagra amizade
A data foi criada pela poetisa Cora Coralina, cujo o filho morou em Bauru por muitos anos e comemorava o 20 de agosto
Os vizinhos têm hoje um argumento a mais para cumprimentar uns aos outros.
HOJE é o Dia do Vizinho.
Vizinho pode não ser parente, porém é alguém, muitas vezes, tão próximo que a afinidade é maior.
Para Eliana do Amaral Fermino, as melhores amigas são as vizinhas Madalena Bittencurt e Odete Bárbara Lopes.
A amizade entre as três vizinhas dura mais de duas décadas.
Eliana comenta que o relacionamento com as amigas começou quando mudou-se para a quadra 5 da rua Sargento José dos Santos, no Nova Esperança.
Ela considera Madalena e Odete como verdadeiras irmãs.
Até onde vai a amizade entre vizinhos?
Eliana ensina que as coisas fluem do bom senso de cada uma. Ela comenta que as vizinhas não cultivam o hábito de se mudar para a residência da outra. Se isso ocorresse poderia azedar o bom relacionamento. Até porque todas têm compromissos diários.
Durante a semana, elas quase não se vêem. Nas primeiras horas do dia, o comum é um rápido encontro na rua na saída de casa.
À noite, a rotina não muda na chegada. No período do almoço, pode coincidir algum encontro entre as vizinhas.
Elas chegam a dizer: nossa você está viva. Não é aquela coisa de ficar uma dentro da casa da outra, explica Eliana.
Vapt-vupt
O papo entre as três amigas de vizinhança é rápido, mas frutífero durante a semana. Os encontros esporádicos servem também para agendar encontros. Estes, sim, longos para colocar toda a conversa em dia.
Porque vizinhas têm o que conversar.
Com essa rotina paz e amor parece fácil manter a amizade após 23 anos. Eliana diz que os momentos de confraternização têm hora e lugar para ocorrer.
No fim de semana, todas se juntam para almoçar na chácara dela. Os churrascos nos finais de semana já são tradicionais encontros familiares.
A poetisa Cora Coralina é a criadora do Dia do Vizinho, na cidade de Goiás (GO).
Os vizinhos dela faziam questão de comemorar o aniversário de Cora. A escritora teria pedido aos amigos da vizinhança que, ao invés da festa de aniversário, fosse festejado o Dia do Vizinho.
Assim teria começado a tradição que existe há mais de 30 anos.
A autora morreu em Goiás, em 1985, aos 96 anos de idade. Ela começou a escrever aos 14 anos e teve dezenas de livros publicados. Entre suas obras, se destacam Estórias da Casa Velha da Ponte, Meu Livro de Cordel e o livro infantil Meninos Verdes.
O filho de Cora Coralina, Cantídio Bretas Filho e sua esposa Nize Garcia Bretas residiram em Bauru por muitos anos. Nize era uma entusiasta pelo Dia do Vizinho, participando da organização de Festas do Vizinho, no Jardim
Higienópolis. Após a morte do esposo, Nize mudou-se para o município catarinense de Balneário Camboriú.
Ela faleceu neste ano.
Crédito:Luiz Affonso
Autor:Ricardo Santana
Fonte:Internet