Rio de Janeiro, 18 de Maio de 2024

UNIFEM anuncia lançamento do Fundo Nacional para a Não Violência à Mulher

O Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem) anunciou, dia 25 de novembro, o lançamento do primeiro Fundo Nacional para a Não-Violência À Mulher. O anúncio será realizado pela diretora do Unifem, Ana Falu, durante uma videoconferência, promovida pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), em Brasília. A iniciativa marca o Dia Internacional da Não-Violência à Mulher e tem como objetivo criar um mecanismo para que a sociedade possa contribuir de maneira mais organizada, eficiente e com resultados mensurados.

 

O Fundo é a primeira iniciativa de captação de recursos no País que vai subsidiar a implementação de programas e projetos de prevenção e combate a esse crime. “Apesar da dimensão da violência contra a mulher, o apoio da sociedade civil à causa ainda é disperso e pontual, limitando o próprio retorno que esse investimento propicia para a sociedade e para aqueles que contribuem”, afirma Ana Falu.

 

Segundo a diretora do Unifem, o Fundo Nacional para a Não-violência à Mulher vai ser o interlocutor entre os recursos arrecadados e os projetos relacionados ao tema. O Fundo será administrado pelo Unifem Brasil, junto a um conselho de especialistas, dentre eles a ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República. O Fundo vai financiar programas diversos, tais como:

 

- Promoção, apoio e disseminação de pesquisas e informações sobre o tema;

- Apoio ao aperfeiçoamento técnico de serviços especializados no atendimento às mulheres vítimas de violência;

- Apoio a projetos inovadores de combate à violência contra a mulher, que utilizem métodos e técnicas não-convencionais (recursos audiovisuais, teatro, música e artes em geral) em atividades de sensibilização, conscientização, prevenção e combate, inclusive nos locais de trabalho;

- Produção de material impresso e audiovisual que apóie o trabalho de atendimento às vítimas realizado por instituições não-governamentais.

Contribuições -

O Unifem espera arrecadar recursos da iniciativa privada, sensibilizando as empresas a apoiar uma causa que encara a violência baseada no gênero como uma violação dos direitos humanos das mulheres. Para a diretora do Unifem, as grandes corporações estão bastante atentas para a questão da responsabilidade social e apoiar esta causa só valoriza os esforços das empresas no sentido de minimizar os danos sociais e econômicos provocados pela violência contra a mulher. “Pesquisas qualitativas mostram que o assunto possui forte apelo junto ao público feminino de todas as classes sociais e regiões do país. E ao se associar à campanha, a empresa certamente vai ganhar mais respeito e afinidade do consumidor com a sua marca”, afirma.

As empresas poderão contribuir para o Fundo ao adquirir o licenciamento da marca “Bem Querer Mulher”, criada especialmente para a campanha de divulgação do Fundo. Mediante uma contribuição fixa mensal ou percentual das vendas, a empresa adquire o direito de divulgar o seu apoio à causa estampando a marca “Bem Querer Mulher” nas embalagens de seus produtos e nas suas peças de comunicação. A expectativa é arrecadar cinco milhões de reais nos primeiros cinco anos.

O Instituto Patrícia Galvão já aderiu ao projeto, como parceiro na elaboração de uma cartilha intitulada "Não-violência à Mulher - Um assunto que não pode esperar". A cartilha, cuja primeira tiragem é de 100 mil exemplares, está sendo patrocinada pela Avon e tem como objetivo transmitir para a população, especialmente às mulheres, informações relevantes no que se refere aos tipos de violência previstos na legislação, dicas e procedimentos inerentes à ocorrência deste crime.

Campanha publicitária –

 

Para levar o tema sobre violência contra a mulher ao conhecimento público e estimular a sociedade a contribuir com a causa, o Unifem vai veicular a partir de hoje uma campanha publicitária em todas as rádios, jornais, revistas e TVs do País. Batizada de “Bem Querer Mulher”, a campanha surgiu como uma iniciativa do Unifem, em associação com a Full Jazz Comunidade, agência especializada em questões sociais.

 

Criada especialmente pelo consagrado designer e artista plástico paulistano Guto Lacaz, a logomarca traz a composição de um conjunto de arcos, sugerindo a vibração e propagação da consciência em torno do “Bem Querer Mulher”. A cor lilás completa a marca, trazendo características positivas e referências femininas, como delicadeza, elegância e leveza. Também foi criado um site www.bemquerermulher.com.br, no qual o internauta poderá obter mais dados sobre a campanha e referências sobre o assunto.

 

25 de novembro -

 

O dia 25 de novembro foi declarado Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, no Primeiro Encontro Feminista da América Latina e Caribe realizado em Bogotá, 1981, como justa homenagem a “Las Mariposas”, codinome utilizado em atividades clandestinas pelas irmãs Mirabal, Minerva, Pátria e Maria Tereza, heroínas da República Dominicana brutalmente assassinadas nesta data em 1960 pela ditadura de Rafael Leonidas Trujillo.

Sobre o Unifem -

Criado por resolução da Assembléia Geral das Nações Unidas em 1976 em resposta à reivindicação das organizações de mulheres presentes na primeira Conferência Mundial das Nações Unidas sobre a Mulher, realizada na Cidade do México, em 1975 –, o UNIFEM é uma organização autônoma que trabalha em associação com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e tem como missão promover os meios que possibilitem às mulheres participação política, segurança econômica e social e proteção de seus direitos humanos.

Seus recursos provêm de contribuições voluntárias dos estados membros, patrocínios, doações e parcerias com a iniciativa privada. O trabalho do UNIFEM é fiscalizado por um Comitê Consultivo, composto por cinco representantes dos estados membros das Nações Unidas, que vão se alternando em suas funções.

O trabalho do Unifem se concentra em três áreas temáticas:

1. promover os direitos e a capacitação econômica da mulher;

2. incorporar a questão de gênero às políticas públicas e à questão da liderança;

3. promover os direitos humanos da mulher e eliminar a violência contra ela.

O Unifem-Brasil foi inaugurado em 1992, localiza-se em Brasília (DF) e é responsável pelos programas desenvolvidos no Cone Sul, que inclui Argentina,  Chile, Paraguai e Uruguai.

Para mais detalhes sobre o UNIFEM, acesse www.undp.org.br/unifem

 

Lançamento do Fundo Nacional para a Não-Violência À Mulher

Data: 25 de novembro de 2005

Horário: das 8h30 às 9h45

Local: Auditório do Banco Mundial (SCN Quadra 02, Lote A, Edifício Corporate Financial Center, 6º andar)

 

 

Crédito:Patrícia Dantas

Autor:Patrícia Dantas

Fonte:Expressão Assessoria de Imprensa