Bia e Branca Feres começaram a fazer natação e ginástica olímpica aos 3 anos. Com 7, entraram para o nado sincronizado. Foram campeãs brasileiras na categoria dueto infantil A e na categoria adulto por equipe, campeãs sul-americanas juvenil de dueto e adulto por equipe e conseguiram o segundo lugar no Pan-Americano Júnior de Orlando (2005). Há dois anos, integram a seleção brasileira adulta e agora vão disputar o primeiro Pan-Americano.
Maquiagem a toda prova
Quando a equipe de nado sincronizado entra na piscina, além dos movimentos simultâneos das garotas, outro detalhe chama atenção: elas estão sempre com o cabelo arrumado e um make impecável. Parte da responsabilidade pelo visual nota 10 é das gêmeas Bia e Branca Feres, de 19 anos. Somos vaidosas, adoramos cabelo, maquiagem... Queremos até fazer um curso de estética, conta Bia. Quando pinta uma balada, o quarto da dupla é o mais concorrido. Fazemos escova nas meninas, limpamos sobrancelhas, maquiamos... É serviço de beleza completo, diz Bia. Essa vaidade toda não é só para apresentações e festas esportivas. Não vivo sem blush, passo até para ir à padaria. Detesto me olhar no espelho e ver a cara pálida, diz Branca.
Essas cariocas vivem em sincronia dentro e fora da água: Vamos prestar vestibular juntas, para educação física ou nutrição, avisa Bia. As semelhanças não param por aí: são os mesmos gostos até à mesa. Nosso cardápio é bem saudável, entra até jiló. Minha mãe é médica homeopata, supernatureba, aprendemos a comer direito desde cedo, ressalta Branca. Talvez por isso tenham o mesmo peso: 52 quilos. A única diferença está na altura: Bia tem 1,63 metro e Branca 1,65 metro. E nos namorados, é claro. Mas até nisso combinamos: os dois são fofos, dão muita força e se orgulham da gente. Isso faz um bem..., assumem, em coro.
Adeus, sedentarismo!
Há 14 anos, a paulistana Vivi Costa era uma garota que não praticava qualquer atividade física. Minha melhor amiga fazia natação no clube e eu ia junto, mas ficava do lado de fora, só olhando. Tinha preguiça de malhar, lembra. Até o dia em que o técnico do time de pólo aquático do clube olhou para aquela mocinha sentada e convidou-a a fazer uma aula. Eu não sabia nem nadar, mas resolvi experimentar, conta. Foi com a tal amiga e não saiu da piscina até hoje. Ela ficou um mês e eu acabei me apaixonando pela modalidade.
Agora, aos 26 anos, ela tem certeza de que o difícil é criar uma rotina. O embalo é complicado, mas depois vira um hábito. Aprendi que na vida tudo é assim. Quando começo a fazer qualquer coisa, seja o que for, vou até o final, revela. E essa determinação ela também impõe no dia-a-dia para cuidar da beleza, entre os treinos e o trabalho como produtora de moda. Sou vaidosa: não vivo sem hidratante e não saio de casa sem estar com as unhas feitas, comenta.
E tudo isso não cansa?
Vivi garante que aproveita os momentos em que está se exercitando para espantar o stress e relaxar. É quando eu consigo deixar os problemas do dia-a-dia de lado. Por mais que exista uma cobrança por desempenho pelo fato de eu ser atleta, é na piscina que descarrego as tensões e encontro minhas amigas. Sem contar que é uma forma de deixar meu corpo definido e com um desenho mais bonito, avalia, com a autoridade de quem tem 57 quilos bem distribuídos em 1,67 metro de altura.
Vivi Costa iniciou no pólo aquático aos 12 anos. Joga na defesa e defende a seleção brasileira há 11 anos. Com a equipe, já foi campeã sul-americana e faturou a medalha de bronze no Pan-Americano de Santo Domingo (2003). O time acabou de conquistar o décimo lugar no Mundial de Esportes Aquáticos, realizado na Austrália, em março deste ano.
Crédito da foto: Marcelo Correa
Crédito:Renata Rosa
Autor:Cláudia Rubinstein
Fonte:CR Comunicação