Rio de Janeiro, 17 de Maio de 2024

Equipamento de última geração permite brasileiro paraplégico andar

Equipamento de última geração permite brasileiro paraplégico andar

Órtese australiana chega ao Brasil e revoluciona a vida de pessoas com paralisia


 

As vítimas de paraplegia tem esperanças de voltar a andar, graças ao Walk About órtese que chegou ao Brasil este ano e é desenvolvida em Queensland – Austrália. O Instituto de Prótese e Órtese, em Campinas, é o responsável pela importação do produto e, segundo o diretor, José André Carvalho, a órtese promete equilíbrio e estabilidade, possibilitando o caminhar do paciente sem auxilio de cadeiras de rodas.

Essa órtese é composta por duas peças longas que envolvem os membros inferiores e um dispositivo de união localizado entre as coxas. Esse dispositivo tem como objetivo realizar automaticamente a troca de passos e guiar os movimentos evitando, por exemplo, os desvios rotacionais durante a locomoçãoUma outra vantagem é que a peça de união pode ser removida facilmente por meio de um sistema de trava, facilitando ao usuário as transferências, tais como, entrar dentro do veículo,  sair da cadeira de rodas, entre outras.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O aparelho é indicado para pacientes com diversas formas de  paraplegia. A primeira paciente a utilizar a órtese no Brasil foi Karen Sakayo, 23 anos. Em novembro de 2006, durante uma apresentação circense (acrobacia aérea) em Brasília-DF, Karen caiu da lira (“bambolê suspenso”) de uma altura de 6 metros, após ruptura da corda, o que resultou em uma paraplegia. Atualmente é estudante de pedagogia na Universidade de Brasília, instrutora de yoga e prática tênis em cadeira de rodas.

Outra paciente que começou a usar o aparelho foi a Priscila Aprígio, vítima de bala perdida durante o assalto a uma agência do banco Itaú em 2007. Ela completou 15 anos em junho de 2008 e ganhou de presente o aparelho do fisioterapeuta José André Carvalho.

A órtese está disponível no mercado brasileiro e custa em torno de 20 mil reais. “ O uso do aparelho transforma a vida dos pacientes, porque provoca uma mudança de comportamento em pessoas que tinham pouca condição de viver de forma mais independente. Com a utilização do aparelho, a auto-estima se eleva e eles se tornam mais felizes e produtivos”, conclui Carvalho.

Crédito:Cris

Autor:Lilian Poleti Zilli

Fonte:Universo da Mulher