Como passar por este momento tão difícil e aproveitá-lo para o crescimento pessoal
a astróloga kármica, Dulce Regina, e a terapeuta Maria José Coletti dão algumas dicas
Dezembro é sinônimo de balanço anual. Seja nos negócios, na família ou nas relações pessoais. Nessas horas, re-avaliamos nossas vidas e, muitas vezes, lembramos daqueles que se foram. Das pessoas que tanto amamos e já não estão mais entre nós. A morte de um ente querido é, sem dúvida, um dos momentos mais difíceis da vida. Todos nós sabemos que não poderemos escapar dessa situação. Já que estamos vivos, somos fadados a encontrar a morte.
Muitas vezes, ela é até um alívio para a dor e o sofrimento, mas não deixa de causar angústia e tristeza para os que ficam. O sentimento de vazio é inevitável e profundo. Por isso, desde os primórdios, o homem busca explicações para a vida e a morte. Todas as religiões, filosofias e correntes espirituais procuram formas de lidar com esse sofrimento.
A reencarnação é uma das teorias que ajudam a aliviar a dor dos que ficam. Segundo a astróloga kármica Dulce Regina, a morte é uma passagem. Os espíritos desencarnam para encarnar novamente em outro corpo. Ou seja, cada um de nós já pode ter vivido inúmeras vidas e em diferentes épocas. Cada vez que encarnamos, trazemos uma missão espiritual para realizar na Terra e também inúmeras lições para aprender e crescer espiritualmente, afirma Dulce Regina.
Após mais de 25 anos de experiência com astrologia kármica e regressão, Dulce Regina acredita que o karma familiar é o mais forte e profundo entre os relacionamentos. A palavra karma, que significa lei de causa e efeito, não deve ser colocada de uma maneira pejorativa, mas ao contrário, a astróloga afirma que é a oportunidade de melhorar e evoluir.
Maria José Coletti, psicóloga e terapeuta corporal há mais de 10 anos, também acredita que a morte é um momento de aprendizado. Para ela, a morte está presente em nosso dia-a-dia, quando terminamos um relacionamento, quando saímos de um emprego, quando acaba o dia, enfim, quando existe uma mudança. A morte é apenas uma mudança para um novo começo. Na sociedade ocidental, estabeleceu-se um medo da morte, pois ela representa o desconhecido, ou a perda total do controle coisas que somos incentivados a manter, afirma. Além disso, a psicóloga diz que são os momentos de perda que nos conduzem a entrar em contato com diversos conteúdos emocionais que estavam estagnados no nosso inconsciente, tais como: frustração, raiva, tristeza, dor, medo, angústia. Normalmente, eles vêm acompanhados de uma sensação de dificuldade ou impotência para lidarmos com estas emoções.
Nestes momentos, nos vemos obrigados a entrar em contato com os conteúdos que deixamos "guardados" no nosso inconsciente. Em muitas circunstâncias, nos sentimos como se estivéssemos morrendo, pois não somos estimulados pela nossa cultura a olhar de frente a morte de certos aspectos nossos no dia a dia, acrescenta Maria José.
Para lidar com essas emoções, as duas profissionais sugerem alguns passos básicos, mas lembrando que o acompanhamento de um profissional qualificado é sempre imprescindível em momentos difíceis como esses:
Lembrar que essa despedida não é eterna de acordo com crenças espirituais, a morte é um momento importante de crescimento espiritual. A alma continua viva em outra dimensão e é possível até mesmo recorrer à sua energia.
Identificar e observar as emoções é preciso observar além da dor da "separação", da saudade, ou seja, o que efetivamente está sentindo. Muitas vezes, a morte traz à tona outras emoções escondidas. Ressentimento, culpa, mágoa e outras dificuldades podem aparecer.
Liberar essas emoções após identificar o que está sentido, é importante observar o que pode ser feito e trabalhar o perdão, o amor e a compaixão. Nesse sentido, os processos terapêuticos ou regressão são extremamente importantes e úteis para ajudar a transformar a situação em que se encontra.
Exercícios físicos com consciência corporal, relaxamento, meditação, técnicas corporais ou mesmo artes marciais (sempre com um bom mestre) também são muito úteis.
Encontrar sua essência com estes passos, mais a conexão com a fé, é possível chegar à sua essência , que vai lhe abrir caminho para o entendimento real e profundo da situação.
Agradecer a oportunidade - Cada momento da vida é uma grande oportunidade de crescimento. Viver com uma pessoa que se amou e/ou odiou também é algo que devemos agradecer. Portanto, aproveite este momento para agradecer à vida e ver qual o grande aprendizado que você pode extrair desta experiência.
Independente de qualquer crença, a mensagem que fica é que aqueles que amamos vivem eternamente em nossas lembranças!
* Dulce Regina acaba de passar pela morte de sua mãe, uma pessoa especial e querida. Em sua homenagem, lança o livro de orações Sementes de Fé e Esperança:
Sobre Dulce Regina
Fundadora do Espaço Encontro de Luz, com mais de 25 anos de experiência, Dulce Regina é pioneira em unir astrologia kármica e terapia de vidas passadas. Ela utiliza o mapa astral como um diagnóstico espiritual, realizando uma leitura aprofundada e baseada na análise dos karmas e da missão de cada um. O Espaço conta com palestras, encontros de discussão e atendimentos e é referência para terapeutas e astrólogos de todo o país, além de ser sede da Editora Encontro de Luz. Dulce é autora de cinco livros no Brasil, três deles publicados também em Portugal, um na Espanha e América Latina. Seus livros podem ser encontrados e encomendados pelo site: www.dulceregina.com.br, onde também é possível saber mais sobre as atividades no Espaço Encontro de Luz.
Crédito:Maria Monteiro
Autor:Ana Lúcia Berndt
Fonte:Soma Agência de Comunicação Sustentável