Rio de Janeiro, 18 de Maio de 2024

H1N1 - Brasil tem terceiro maior número de mortes pela nova gripe

O Ministério da Saúde divulgou um balanço nesta quarta-feira (12) em que o Brasil aparece como o terceiro país com maior número de mortes pela nova gripe no mundo, atrás apenas de Estados Unidos (436) e Argentina (338).

 

São 192 mortes registradas até esta quarta. De acordo com o ministério, quando é feito o cálculo por 100 mil habitantes, o Brasil aparece como o que tem a segunda menor taxa de mortalidade entre os 15 países com mais óbitos no mundo -0,09.

 

O número oficial de óbitos causados pela nova gripe notificado no mundo até esta quarta-feira (12/8) revela que o Brasil tem a 14ª taxa de mortalidade entre os 15 países com o maior número absoluto de mortes. Com 192 registros, o país apresenta uma taxa de 0,09 óbitos em cada grupo de 100 mil habitantes, maior apenas que a do Reino Unido – 40 mortes e índice de 0,06 por 100 mil.

 

Países vizinhos, Argentina (0,83) e Uruguai (0,65) têm as maiores taxas, seguidos de Costa Rica (0,61), Chile (0,57) e Austrália (0,46). Em todo o mundo, foram notificados, até esta data, 1.882 óbitos em 48 países. As informações são do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças.

 

A taxa de mortalidade (número de óbitos relativos à população) passou a ser utilizada no lugar da taxa de letalidade (número de mortes em comparação ao total de casos de determinada doença) para monitorar a gravidade da nova gripe. A mudança na metodologia aconteceu porque, em 16 de julho, por meio de comunicado oficial aos países-membros, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu que não era mais possível contabilizar todos os casos da nova gripe, tornando inviável calcular a taxa de letalidade.

 

Óbitos e taxa de mortalidade (por 100 mil habitantes)

 

País

Óbitos

População

Taxa de mortalidade

1. Argentina

338

40.276.376

0,83

2. Uruguai

22

3.360.854

0,65

3. Costa Rica

28

4.578.945

0,61

4. Chile

97

16.970.265

0,57

5. Austrália

100

21.292.893

0,46

6. Paraguai

27

6.348.917

0,42

7. Canadá

66

33.573.467

0,19

8. Malásia

44

27.467.837

0,16

9. Peru

45

29.164.883

0,15

10. Equador

21

13.625.069

0,15

11. México

162

109.610.036

0,14

12. Tailândia

97

67.764.033

0,14

13. EUA

436

314.658.780

0,13

14. Brasil

192

193.733.795

0,09

15. Reino Unido

40

 61.565.422

 0,06

 

Fontes:

Óbitos: www.ecdc.europa.eu (atualização em 12/8)

População: IBGE /2009 – www.ibge.gov.br

NOVA ESTRATÉGIA – Dois motivos principais levaram a OMS a mudar de estratégia. O primeiro foi a semelhança observada entre a nova doença e a gripe comum. E o segundo, com base na experiência de outras pandemias, foi a constatação de que a contagem de casos individuais não é mais essencial nesses países para monitoramento, seja pelo nível ou natureza do risco representado pelo vírus pandêmico, seja para orientar medidas de resposta mais apropriadas. Como consequência, os exames laboratoriais de biologia molecular, única forma de diagnosticar o novo vírus, deixaram de ser indicados para todos os casos com sintomas de gripe.

 

“É importante ficar claro que essa prática não é exclusiva do Brasil, vem sendo adotada por vários países. Vamos continuar a registrar o número de casos, mas apenas em pacientes graves, no caso de óbitos e para confirmar surtos em comunidades fechadas, como escolas, creches e empresas”, diz o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage.

 

Nesta fase da doença, com mais de 180 países afetados, muitos deles com livre circulação do vírus, o objetivo não é mais saber se todos os que têm gripe foram infectados por vírus da influenza sazonal ou pelo novo vírus, diz Eduardo Hage. “Para o paciente com sintoma leve, não faz diferença saber se tem a nova gripe ou a sazonal. Faz, sim, diferença para os casos graves ou as pessoas com fatores de risco, justamente os casos previstos no protocolo para indicação de exame laboratorial”.

 

Fatores e grupos de risco com indicação para tratamento e exame laboratorial

 

§         Grávidas

§         Crianças menores de 2 anos e idosos com mais de 60 anos

§         Pessoas com doenças que debilitam o sistema imunológico (defesas do organismo), como câncer e aids, ou que tomam regularmente medicamentos que debilitam o sistema imunológico

§         Pessoas com doenças crônicas preexistentes, como problemas cardíacos (como arritmias), pulmonares (exemplos: bronquite e asma), renais (pessoas que fazem hemodiálise, por exemplo) e sanguíneos (como anemia e hemofilia)

§         Diabetes, hipertensão e obesidade mórbida.       

 

 

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 Gripe H1N1 - Perguntas e Respostas

 

 

 

 

 

Crédito:Luiz Affonso

Autor:Redação

Fonte:Agência Nacional de Saude