Rio de Janeiro, 16 de Maio de 2024

Diagnóstico precoce de doença coronária pode evitar ataque cardíaco

Dor no peito, cansaço, falta de ar. Esses podem ser sintomas de uma doença que é prenúncio de infarto, a chamada Doença Arterial Coronária Crônica, que atinge principalmente idosos, diabéticos, fumantes, hipertensos e os que têm colesterol elevado no sangue. Provocada pelo entupimento parcial das artérias coronárias, a doença deve ser diagnosticada o quanto antes, já que o aparecimento dos sintomas indica que pelo menos uma das três principais artérias coronárias tem uma placa de aterosclerose que obstrui pelo menos 70% de seu calibre. E, com o entupimento total de uma artéria, o paciente pode sofrer graves complicações, como insuficiência cardíaca, infarto ou morte súbita.
 
As doenças cardiovasculares são responsáveis por 34% de todas as mortes no Brasil, cerca de 300 mil por ano. A doença coronária é a segunda principal causa de morte cardiovascular, depois do derrame cerebral, conforme dados do SUS (Sistema Único de Saúde). “Conclui-se, então, que se trata de um sério problema de saúde pública”, afirma o Dr. Denilson Campos de Albuquerque, Professor de Cardiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
 
Apesar de ser uma doença grave e bastante freqüente na população, a doença coronária crônica não tem ainda consenso médico publicado no Brasil. Além disso, são poucas as publicações em nossa língua que tratam especificamente desse assunto. Por esta razão, a Libbs Farmacêutica reuniu um time de gabaritados cardiologistas brasileiros e lançou o livro Doença Arterial Coronária Crônica a fim de preencher essa lacuna. Voltada para cardiologistas, clínicos gerais e geriatras, a obra pretende ser um guia prático que traz informações sobre o diagnóstico, tratamento e prevenção da doença (*).
 
Muito já se falou em como se prevenir doenças cardiovasculares: adotar estilo de vida saudável, controlar a pressão arterial, o colesterol, o diabetes e o estresse, fazer exercícios físicos regularmente e não fumar. Mas pouco se faz realmente. Por isso, o Dr. Jairo Lins Borges, cardiologista do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e coordenador do livro, alerta: “Ao sentir sintomas como dor no peito, desconforto ou sensação de opressão que pode irradiar-se para o braço, costas ou pescoço, de duração variável, mas em geral curta, que piora com o esforço e melhora com o repouso, procure um médico imediatamente. Você deve estar apresentando a chamada angina estável. E sorte daqueles que têm o sintoma. O problema é que 50% dos pacientes com a doença coronária crônica não sentem nada ou apresentam sintomas atípicos. O sedentarismo também contribui para mascarar a doença. Por isso, os quadros agudos (angina instável, infarto ou morte súbita) são, com freqüência a primeira forma de manifestação da doença.”
 
Entre os pacientes que têm a doença, mas não sentem dor no peito, outras formas de manifestação atípicas podem aparecer, podendo confundir o paciente e até mesmo o médico. Ao fazer esforço, o paciente pode sentir uma série de sintomas que aparentemente nada têm a ver com o coração, como falta de ar, sudorese excessiva, cansaço. “Até queimação na boca do estômago já foi relatada por um paciente, ao fazer esforço. Ele logo pensou em procurar um gastroenterologista. Ele fez os exames, e não foi detectado problema algum no estômago. Por isso, é importante saber quando o paciente sente o desconforto. Isso pode ser a chave do diagnóstico correto”, diz o Dr. Denilson Albuquerque, que também chefia o Serviço de Cardiologia do Hospital Universitário da UERJ. Tanto a angina estável, como os sintomas atípicos (chamados de equivalente anginoso) acontecem quando há falta sangue no músculo do coração, conhecida por isquemia.
 
Os exames que diagnosticam a doença coronária devem estar, portanto, na lista de exames do “check up” preventivo que o paciente deve fazer regularmente com o cardiologista, a partir dos 45 anos. Os resultados do teste ergométrico (exame em esteira) e diagnóstico por imagem (ecocardiograma e medicina nuclear), juntamente com o histórico do paciente deverão apontar o risco futuro de uma complicação cardiovascular, o chamado prognóstico. Dependendo da gravidade do risco, será adotado um tratamento diferente. Para pacientes com baixo risco de infarto ou morte de origem cardiovascular, são recomendados medicamentos e controle dos fatores de risco. “Os principais fatores de risco são o que eu chamo de ‘quarteto fatal’: pressão alta, colesterol, diabetes e pré-diabetes (quando o paciente já apresenta alterações do nível de açúcar no sangue, mas ainda não é considerado diabético) e o fumo”, define o Dr. Jairo Borges. Além do controle dos fatores mencionados, é recomendado evitar o acúmulo de gordura na barriga, fazer exercícios físicos e evitar comer gorduras e açúcares em excesso. Para os casos mais graves, o tratamento deve ser cirúrgico ou por um tipo especial de cateterismo denominado angioplastia.
 
A Libbs Farmacêutica produz um medicamento específico para controlar os sintomas da Doença Arterial Coronária Crônica, o Vasclin (mononitrato de isossorbida). Seu princípio ativo é um nitrato de liberação prolongada, o único do mercado que não provoca tolerância (perda de eficácia) pelo uso continuado. Além de eficaz e seguro, esse nitrato é bastante versátil, combinando-se facilmente com os demais medicamentos que tratam a angina (betabloqueadores e antagonistas dos canais de cálcio). O mononitrato de isossorbida apresenta diversas vantagens sobre as formulações convencionais de nitratos. Ele é comprovadamente mais eficaz (estudo recente desenvolvido no Reino Unido demonstrou que a formulação do Vasclin reduziu em 35% o número de crises de angina) e, por ser utilizado em dose única diária, a adesão ao tratamento é até 50% maior. Por essas razões, é considerado o nitrato de primeira escolha, segundo os consensos internacionais publicados nos Estados Unidos, Europa e Canadá sobre a Doença Arterial Coronária Crônica.
 
 
 
 
 
Dr. Jairo Lins Borges, médico cardiologista do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia de São Paulo e do Hospital Adventista de São Paulo
 
Dr. Denilson Campos de Albuquerque, Professor de Cardiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e chefe do Serviço de Cardiologia do Hospital Universitário da UERJ

Crédito:Ana Carolina Prieto

Autor:Ana Carolina Prieto

Fonte:Segmento Comunicação Integrada