Rio de Janeiro, 29 de Março de 2024

O medo como efeito da pandemia

Assustados e ainda com um futuro incerto, as pessoas se imbuíram de medo na pandemia

Com o início da pandemia do coronavírus, milhares de pessoas sentiram emoções parecidas, que abrangiam a incerteza, insegurança e o medo. Em decorrência disso, com um futuro desconhecido coberto por uma névoa que impedia de saber o que estava por vir, a população mundial passou por intensas mudanças de comportamento, as quais colocaram em xeque também a saúde das pessoas.

Para Madalena Feliciano, hipnoterapeuta, “por ser um momento ímpar na história da humanidade, a população atual foi descobrindo aos poucos como lidar com essa situação. Todavia, embora já tenha passado mais de um ano de pandemia, essa continua a colocar em risco a saúde não só física, como também psicológica de milhares de pessoas”.

A incerteza continua a solta. Apesar da vacina estar mais próxima do que nunca, o futuro ainda é uma incógnita.

As medidas de prevenção continuarão as mesmas?

O medicamento dará um basta no coronavírus?

O mercado de trabalho voltará ao normal?

Os estabelecimentos ficarão abertos como antigamente?

Assim, com essa gigantesca incerteza, as pessoas ainda são vítimas de um medo ensurdecedor que pode, ou não, ser normal.

“A pandemia do coronavírus, como já dito, é um momento único que ninguém jamais havia vivido dessa forma. Somado ao medo da morte que permeia o mundo todo, as pessoas podem sentir um medo que é normal, ocasionado pela situação que é incomum, como também um mais aterrorizador, que deve ser tratado”, alerta a especialista.

O medo é uma emoção de proteção que o nosso corpo tem. Com o objetivo de alertar sobre perigos próximos, sentir medo é essencial para evitarmos momentos em que podemos sofrer algum dano corporal. Na pandemia, esse medo se dá por diversos motivos, entretanto, segundo Madalena Feliciano, “o medo da própria morte e a de amigos próximos é um dos piores medos que o ser humano sente nesse período. Apesar de ser uma das verdades mais certas da vida, a morte é motivo de muito medo e desespero”.

Comum a todos, o momento de pandemia deixou a população inteira vulnerável com relação à saúde mental. Com mais propensão a ter transtornos mentais como a ansiedade, depressão e estresse pós-traumático, esse período pode deixar marcas e sequelas psicológicas em cada um. “No que se refere ao medo, quando em grande intensidade pode causar problemas até mesmo físicos”, alerta a hipnoterapeuta.

Paralisia, respiração ofegante, tremores, taquicardia, falta de ar e sudorese são alguns dos principais sintomas do medo profundo. Apesar de ser considerado comum, quando o medo atinge altos estágios desses sintomas, ele deve ser tratado imediatamente.

“O medo recorrente das incertezas que a pandemia nos trouxe é muito perigoso e deve ser tratado com a ajuda de um profissional capacitado. Por desencadear outros problemas como a depressão, ansiedade, estresse, pânico, entre outros transtornos mentais, pode também agravar ou acelerar doenças físicas, o medo pode ser uma emoção muito comprometedora para o sistema imunológico”, explica Madalena.

Cuidar da nossa saúde mental é importante em todos os momentos da nossa vida. Agora, todavia, em tempos de pandemia, o cuidado deve ser redobrado. Muito mais do que apenas ter uma alimentação saudável, beber água todos os dias e praticar regularmente exercícios físicos, cuidar da mente é também cuidar do corpo!

 

Crédito:Veronica Pacheco

Autor:Madalena Feliciano

Fonte:Toda Comunicação