Rio de Janeiro, 11 de Maio de 2024

Rumo a Nikiti, com muito bons motivos

O disco-voador faz aniversário

Hoje é dia de festa em Boa Viagem. A construção de futurista, de linhas sinuosas, carinhosamente apelidada de "disco-voador" comemora a partir de hoje seus seis anos de vida. Inaugurado no dia 2 de setembro de 1996, o Museu de Arte Contemporânea, desenhado pelo arquiteto Oscar Niemeyer a partir da idéia de uma flor que brota do chão, celebra o aniversário discretamente, abrindo duas exposições.

A primeira é fruto do próprio acervo do museu, constituído pela alentada coleção de arte contemporânea de João Sattamini. "A recente coleção do MAC" vai ocupar os curvilíneos salões do museu e exibirá, a partir de hoje, cerca de 80 trabalhos de 30 artistas. São obras inéditas, adquiridas ou doadas à coleção, que estarão sendo exibidas pela primeira vez no museu. Há pinturas de Adriano de Aquino, Afonso Tostes, Carlos Scliar, Chico Cunha, Daniel Senise, João Magalhães, Luciano Figueiredo, Luiz Zerbini, Mariana Félix, Niura Belavinha e Victor Arruda; bordados de Jorge Fonseca e Katie van Scherpenberg; desenhos de José Maria Dias da Cruz.

A segunda exposição é "MAC: seis anos": a exemplo de outros aniversários a diretoria do museu organizou painéis fotográficos que registram toda a trajetória da instituição, desde as primeiras fundações até hoje. No subsolo do museu, oito grandes painéis temáticos contam, através de imagens e textos, a história do MAC. E um detalhe: o público poderá levar fotos de visitas ao museu para que esses registros sejam expostos durante a mostra.

Mas, a festa em Niterói não precisa parar por aí. Muito pelo contrário, o aniversãrio do museu pode ser aquele motivo que faltava para visitar a cidade. E o carioca que gosta de dizer que o melhor de Niterói é a vista do Rio de Janeiro vai se surpreender. Ainda que seja mesmo impossível não se arrepiar ao admirar a paisagem, a cidade fundada por Araribóia tem mais a oferecer.

O roteiro cultural ganhou reforço recentemente. O Solar do Jambeiro (1872), no bairro de São Domingos, e a Igreja de São Lourenço dos Índios (1586), em São Lourenço, foram reinaugurados depois de cuidadosas restaurações. A igreja é um dos marcos da fundação de Niterói. Já o palacete Bartholdy, nome original do solar, tem a fachada coberta por azulejos portugueses e beirais de telhões de louça pintados à mão.

Não se pode esquecer das belas praias oceânicas, como Itaipu, Camboinhas e Itacoatiara. Esta última, o paraíso dos surfistas. Encravada entre duas encostas, é a mais reservada. As crianças vão à Prainha de Itacoatiara, com águas mais calmas. Em Itaipu, a pedida é comer um peixinho no fim de tarde.

Estique a visita até a Fortaleza de Santa Cruz, em Jurujuba, a pioneira da Baía de Guanabara, erguida em 1555. Estando lá, vale visitar também os fortes vizinhos: Rio Branco, Imbuí, São Luiz e do Pico.

Foto Arquivo O GLOBO 

Crédito:Anna Beth

Autor:Camila Pohlmann

Fonte:O Globo