Rio de Janeiro, 05 de Maio de 2024

O melhor amigo do cão: O dono!

Animaizinhos de estimação conquistam seu espaço e viram estrelas do lar

 
Criar bichos de estimação tem sido um hobby cada vez mais comum nas famílias de todas as classes sociais.
 
Porém, como os animais se apegam ao seu dono facilmente, a tendência é que a pessoa retribua o carinho, dando a ele muita liberdade e deixando-o mimado demais, podendo assim afetar o comportamento do animal.
 
Isso é o que acontece na casa da estudante de veterinária Janine Albuquerque, 32, que tem uma cadelinha da raça boxer.
 
Joplin está sempre aprontando, roendo alguma coisa e por ser um filhote muito grande, é bem desengonçada e sempre a derruba quando chega em casa.
 
"Se estou comendo alguma coisa, dou a ela também para que não fique triste e na hora de dormir, visto-a com um pijaminha para que não sinta frio", disse a moça.
 
Já com Valéria de Oliveira, artista plástica, a situação chega a ser cômica.
 
Além de dormir na cama, o cãozinho sentava-se a mesa de babador e era servido com garfo e faca.
 
Quando fazia suas necessidades esperava que Valéria o limpasse. Ele freqüentava um pet shop regularmente e fazia coloração e hidratação nos pelos. "Quando meu bichinho morreu, entrei em depressão, não conseguia fazer nada", revelou a artista plástica.
 
Uma alegria a mais é sempre bem vinda
 
Para a psicóloga Luciana Câmara, as pessoas vêem seu animalzinho como uma pessoa da família e que não há problema algum nisso desde que haja limitações.
 
Para ela é normal que ele traga alegrias a pessoas doentes, com problemas de depressão e principalmente deficientes visuais.
 
"Este acaba se tornando um companheiro muito melhor do que muita gente, contanto que não seja um motivo para a exclusão de uma vida social", acredita a psicóloga.
 
Para a doutora, o excesso de cuidados com o bichinho não passa de uma grande carência afetiva e que provavelmente esta pessoa está tentando suprir a falta de alguma coisa.
 
Uma ajuda especializada seria necessária.
 
Em alguns casos o amor pelos animais é tão grande, que a necessidade de ter mais de um fala mais alto.
 
É o caso da Camila, 22 anos, estudante de comunicação social que tem cinco gatos, todos encontrados na rua.
 
Segundo ela, eles adoram conforto.
 
Sempre estão no sofá ou em sua cama. "Se eu estou estressada é só olhar pra eles que já me sinto bem, eu falo com eles e eles respondem", declara a estudante e ainda diz que adora quando está em seu quarto e eles pedem para abrir a porta miando sem parar. Camila relata também que gosta tanto de animais que tem patinhas tatuadas no seu corpo.

Mas apesar de todo amor que o dono venha a ter pelo seu bichinho de estimação é muito importante que os espaços sejam separados e bem definidos para que futuramente não ocorram situações desagradáveis comportamentais do cão ou gato.
 
Para evitar doenças, medidas de higiene são fundamentais
 
O veterinário José Cláudio de Oliveira, afirma que o animal precisa saber quem é que manda, ou seja, é necessário que o dono se imponha.
 
Os cães, por exemplo, gostam de chamar atenção destruindo coisas e defecando em locais inadequados. "A partir de seis meses já é possível começar a adestrá-lo, quanto mais cedo melhor", explica o veterinário.
 
As recomendações dadas José Cláudio são que use os agradinhos para conseguir o que se quer na fase de aprendizagem e que não permita que durma na cama, porque, ele solta secreções nos lençóis que podem transmitir doenças.
 
Entre as mais comuns estão à toxoplasmose, transmitidas pelo gato e a leximaniose que é uma doença muito grave e transmitida por um mosquito. Além de doenças parasitárias e intestinais como a verminose.
 
Para evitar o contágio o veterinário explica que é necessário manter medidas básicas de higiene, tais como, não expor os animais a áreas de risco, não deixar fezes muito tempo em um local e manter a vacinação em dia.
 
E para quem tem a intenção de adotar um cãozinho de raça dócil, as mais comuns no mercado de animais são os Yorkshires e Poodles, de pequeno porte, o Boxer, de médio porte e o Labrador, de grande. Independente da raça, um vira-lata pode ser um bom companheiro, pois o que importa é a dedicação que ele dará a você, sendo eternamente amigo e fiel.
 
 
 
 
 

Crédito:Luiz Affonso

Autor:Marcelo Almeida

Fonte:Universo da Mulher