Rio de Janeiro, 11 de Novembro de 2024

Semelhante Atrai Semelhante

 
Somente uma pessoa amorosa, aquela que
realmente é amorosa; pode encontrar o
parceiro certo. Essa é minha observação: se
você está infeliz você irá encontrar alguém
também infeliz. Pessoas infelizes são atraídas
pelas pessoas infelizes. E isso é bom, é natural.
É bom que as pessoas infelizes não sejam
atraídas pelas pessoas felizes; senão elas
destruiriam a felicidade delas.
Está perfeitamente bem.

Somente pessoas felizes são atraídas pelas
pessoas felizes. O semelhante atrai o semelhante.
Pessoas inteligentes são atraídas pelas pessoas
inteligentes; pessoas estúpidas são atraídas
pelas pessoas estúpidas. Você encontra as pessoas
do mesmo plano. Então a primeira coisa a lembrar
é: um relacionamento está fadado a ser amargo
se este surgiu da infelicidade.

Primeiro seja feliz, seja alegre, seja festivo e
então você encontrará alguma outra alma festiva
e haverá um encontro de duas almas dançantes e
uma grande dança irá surgir disso. Não peça por
um relacionamento a partir da solitude, não.
Assim você estará indo na direção errada. Então
o outro será usado como um meio e o outro lhe
usará como um meio. E ninguém quer ser usado
como um meio! Cada indivíduo único é um fim
em si mesmo. É imoral usar alguém como um meio.

Primeiro aprenda como ser só. A meditação é um
caminho para ficar sozinho. Se você puder ser feliz
quando você está só, você aprendeu o segredo de
ser feliz. Agora você pode ser feliz acompanhado.
Se você é feliz, então você tem alguma coisa para
compartilhar, para dar. E quando você dá, você
obtém; não é de outra maneira. Assim surge uma
necessidade de amar alguém.

Geralmente a necessidade é de ser amado por
alguém. É a necessidade errada. É uma necessidade
infantil; você não está amadurecido. É uma atitude
infantil. Uma criança nasce. Naturalmente, a
criança não pode amar a mãe; ela não sabe o que
é amar e ela não sabe quem é a mãe e quem é o pai.
Ela está totalmente desamparada. Seu ser ainda
está para ser integrado; ela ainda não está reunida.

Ela é somente uma possibilidade. A mãe precisa
amar, o pai precisa amar, a família precisa banhar
a criança de amor. Agora ela aprende uma coisa:
que todos têm que amá-la. Ela nunca aprende
que ela precisa amar. Agora a criança irá crescer
e se ela permanecer presa nessa atitude que todo
mundo tem que amá-la, ela irá sofrer por toda
sua vida. Seu corpo cresceu, mas sua mente
permaneceu imatura.

Uma pessoa amadurecida é aquela que chega a
conhecer a necessidade do outro: que agora tenho
que amar alguém. A necessidade de ser amado é
infantil, imatura. A necessidade de amar é
maturidade. E quando você está preparado para
amar alguém, um belo relacionamento irá surgir;
de outra maneira não.

"É possível que duas pessoas num relacionamento
sejam más uma para com a outra"? Sim, isso é o
que está acontecendo por todo o mundo. Ser bom
é muito difícil. Você não é bom nem para si mesmo.
Como você pode ser bom para outra pessoa? Você
nem mesmo ama a si próprio! Como você pode
amar outra pessoa? Ame a si mesmo, seja bom
para si mesmo.

Os seus assim chamados santos têm lhe ensinado
a nunca amar a si mesmo, para nunca ser bom
para si mesmo. Seja duro consigo mesmo! Eles têm
lhe ensinado a ser delicado para com os outros e
duro para consigo mesmo. Isso é um absurdo. Eu
lhe ensino que a primeira e mais importante coisa
é ser amoroso para consigo mesmo. Não seja duro;
seja delicado.

Cuide de si mesmo. Aprenda como se perdoar, cada
vez mais e novamente; sete vezes, setenta e sete vezes,
setecentos e setenta e sete vezes. Aprenda como
perdoar a si próprio. Não seja duro; não seja
antagônico consigo mesmo. Assim você irá florescer.

Nesse florescimento você atrairá alguma outra flor.
Isso é natural. Pedras atraem pedras; flores atraem
flores. Assim há um relacionamento que possui graça,
que possui beleza, que possui uma bênção nele. Se você
puder achar um relacionamento assim, seu relacionamento
crescerá para uma oração; seu amor se tornará um
êxtase e através do amor você conhecerá o que é o divino.
Osho
 

Crédito:Luiz Affonso

Autor:Jorge Bastos Garcia

Fonte:Osho