Rio de Janeiro, 16 de Maio de 2024

Uso abusivo de laxantes traz risco à saúde e causa dependência

As mulheres são as maiores vítimas da prisão de ventre.
 
Um dos sintomas que mais levam brasileiros aos consultórios, a constipação intestinal – como chamam os médicos – é três vezes mais recorrente freqüente no sexo feminino.
 
 
Especialistas apontam que o nível de a incidência do mal nos brasileiros é considerada semelhante aos valores  índice americanos, atingindo por volta de 20% da população, segundo a Associação Americana de Gastroenterologia. Por ser asserem mais atingidas, as mulheres também são as que mais procuram a automedicação, deixando de lado o auxílio médico. Entretanto, para o professor adjunto e chefe da Disciplina de Gastroenterologia da Unifesp, Dr. Sender Jankiel Miszputen, o abuso na utilização dos chamados purgantes - laxantes que estimulam as terminações nervosas da mucosa intestinal - pode trazer sérias conseqüências. “O uso prolongado pode danificar a sensibilidade da parede do intestino, agravando ainda mais o problema”, afirma.
 
 
 
A perda dessa sensibilidade faz com que o usuário tenha a sensação de que o laxante perdeu o efeito, o que leva ao uso de doses cada vez maiores. Segundo o Dr. Sender, a necessidade de aumentar a dosagem é um alerta. “É um sinal de que o mecanismoos mecanismos do intestino envolvidos na movimentação intestinal estaria pode apresentar complicações”.sendo comprometido ”. Além da dependência, o abuso ainda podeuso contínuo dessas drogas tende a agravar a prisão de ventre, intensificando o usorequerendo quantidades maiores em períodos cada vez mais curtos. Ao usar altas doses em curtos períodos, a consumidora se candidata a problemas mais sérios, como o desequilíbrio da concentração de alguns minerais, como sódio e potássio ou uma desidratação.ou, eventualmente, desidratar-se.
 
 
 
Um mal mais comum do que se pensa
 
 
 
Entre as causas da prisão de ventre, uma das que mais está ligada ao universo feminino é a vergonha.a vergonha. Fatos corriqueiros, como não usar outro banheiro senão o de casa, acabam contrariando o movimento do próprio intestino, levando à prisão de ventre. Além do fator cultural, mudanças repentinas – como viagens ou gravidez – e o uso de medicamentos como diuréticos, antihipetensivos, certos analgésicos e antidepressivos também podem causar a constipação.
Segundo o gastroenterologista Dr. Lino Rodrigues Junior, “a prisão de ventre é um sintoma com grande variedade de causas. O tratamento correto é indicado somente após um detalhado histórico do paciente e de exames físicos cuidadosos que, de acordo com os resultados, pode demandar exames complementares próprios de cada caso e um detalhado histórico do paciente”.
 
 
 
Um dos sinais do problema é o número de evacuações semanais, que normalmente não chega a três para os que têm prisão de ventre. A constipação também é identificada quando aquando, além da baixa freqüência de evacuaçõesidas ao banheiro é muito baixa, há dificuldades ou dor para evacuar,quando as fezes são extremamente endurecidas, endurecidas ou o paciente tem a sensação de evacuação incompleta.
 
 
 
O mercado apresenta boas alternativas para o tratamento da prisão de ventre. Os laxantes, medicamentos mais conhecidos, estão divididos em quatro classes, de acordo com seu mecanismo de ação.
Os formadores de massa, fibras naturais ou sintéticas evita o endurecimento excessivo das fezes. Se o problema está na retenção de água, o ideal são oscaptam água durante o transito intestinal, aumentando o volume das fezes e melhorando  laxantes osmóticos. Entretanto, oo estímulo para sua eliminação.
 
 
Os laxantes do tipo osmótico impedem a absorção normal de água pelo intestino. Seu consumo sem prescrição médica e de forma exagerada pode levar à diarréia e à alteração na concentração de minerais no organismo, fato menos freqüente quando também se utiliza preparação equilibrada com estes minerais.
 
 
 
Complementam as classes dos laxantes os emolientes - que lubrificam as fezes e diminuem a absorção de água pelo organismo -, e os estimulantes, responsáveis pela sensibilização das terminações nervosas da mucosa intestinal. Além dos laxantes tradicionais, os procinéticos são outra alternativa no combate à disfunção constipação intestinal. São drogas que estimulam a produção dos receptores de serotonina, como o tegaserode e a cisaprida.
 
 
 
O mercado farmacêutico se prepara para receber novas alternativas para o tratamento da prisão de ventre. São preparados como o policarbofil, polímero sintético com alto poder de absorção da água e um eficiente formador de massa, e o polietileno glicol, laxante osmótico apresentado em doses menores do que as utilizadas em procedimentos endoscópicos ou cirúrgicos e balanceado com eletrólitosapresentado em doses menores do que as utilizadas em procedimentos endoscópicos ou cirúrgicos.
Entretanto, Dr. Sender avisa que “qualquer um destes medicamentos somente devem ser adquiridos apósa visita ao médico, para evitar riscos de um diagnóstico inadequado”.
 
 

Crédito:Ana Carolina Prieto

Autor:Ana Carolina Prieto

Fonte:Universo da Mulher