Estudo realizado pela Sociedade Americana de Radiologia, envolvendo mais de 40 mil pacientes, revela que a mamografia digital garante maior precisão do que o método tradicional – que gera filmes de raios-X.

Os resultados, publicados no New England Journal of Medicine, compararam a performance de aparelhos de mamografia digital de cinco grandes fabricantes, apontando a superioridade da mamografia digital com relação a mamas densas, principalmente em mulheres em fase de pré-menopausa e menopausa.

“Em princípio, os métodos digital e analógico não diferem muito quanto aos resultados. O estudo apresentado, entretanto, é relevante quando considera que a mamografia digital pode reduzir a taxa de mortalidade tanto ou mais do que o método convencional, principalmente porque detecta lesões precocemente nesse grupo de pacientes”, diz Aron Belfer, médico radiologista da URP Diagnósticos Médicos.

Para além dessas comparações de performance, o médico diz que os novos mamógrafos digitais configuram verdadeiros sistemas de informação. “A nova geração desse tipo de equipamento é operada em conjunto com o CAD (Computer-Aided Detection), um software que auxilia o médico radiologista na detecção de lesões mamárias, como se fosse uma segunda opinião”.

Segundo Belfer, o computador assinala onde pode haver uma anormalidade na mamografica, cabendo ao médico radiologista avaliar a alteração e definir o diagnóstico. “O CAD auxilia o médico radiologista em cerca de 30% dos casos, mas não substitui seu conhecimento e experiência. A responsabilidade pelo diagnóstico final é do médico radiologista”.

Fonte: Dr. Aron Belfer, médico radiologista da URP Diagnósticos Médicos