Rio de Janeiro, 24 de Abril de 2024

Atenção: apnéia pode aumentar o risco de morte se não diagnosticada corretamente

A apnéia obstrutiva do sono é uma doença com diferentes níveis de gravidade, sendo que nos casos graves está relacionada aos problemas cardiovasculares, podendo levar à mortalidade. Caracteriza-se principalmente por interrupções na respiração durante o sono, devido à obstrução das vias aéreas por alguns minutos. Normalmente vem acompanhada por um conjunto de sintomas, como a sonolência excessiva diurna, patologias cardiovasculares, neurológicas e alterações comportamentais.

 

“De 2 a 4% da população sofre de apnéia do sono”, comenta a dra. Sonia Maria Togeiro, presidente da Comissão de Distúrbios Respiratórios do Sono da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT). “O portador possui ronco alto e constante, com alguns engasgos. É um sono de má qualidade, que ainda pode provocar sérios riscos à memória e à concentração”.

 

A apnéia é mais freqüente nos homens, a partir dos 30 anos, e em indivíduos com excesso de peso. Muito comum também em pessoas que possuem o hábito de beber frequentemente. A gravidade está relacionada à quantidade de interrupções ocorridas durante cada hora do sono.

 

Há pessoas que convivem anos com os sintomas, a ponto de se habituarem. Nem percebem que estão doentes, portanto não procuram um especialista. O problema é que o diagnóstico tardio pode trazer resquícios à saúde, como complicações cardíacas, acidentes durante o trânsito ou trabalho pela má qualidade do sono, ou até mesmo a morte enquanto se dorme.

 

Como a apnéia se manifesta enquanto durante o sono, muitas vezes é difícil perceber sua existência. “Em geral, o paciente não percebe que possui o distúrbio. A menos que tenha sintomas diurnos ou durma ao lado de alguém que o alerte”, explica a dra. Sonia Maria.

 

Trata-se de uma doença que não cura espontaneamente, é apenas controlada. “Caso tenha como principal fator a obesidade, pode melhorar significativamente ou até curar”.

 

Nos casos moderados e graves de apnéia, o tratamento utilizado se baseia em um equipamento chamado CPAP (pressão positiva contínua na via aérea). Funciona como um inalador e depende que o portador use uma máscara noturna, acoplada a um aparelho de pressão positiva.

 

O CPAP gera e envia fluxo de ar, abrindo a faringe e normalizando a respiração. Porém, a perda de peso é essencial para os obesos”, adverte a dra. Sonia Maria.

 

Fatores de Risco

 

Sempre que o individuo apresentar um fator de risco para a apnéia, deve procurar um especialista. No caso, pneumologistas, neurologistas ou otorrinolaringologistas. De acordo com o dr. José Eduardo Cançado, presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), os fatores considerados de risco são: hipertensão; obesidade; ronco muito alto e habitual,  pescoço grosso, queixo pequeno e ou posicionado para trás, amídalas e adenóides volumosas (em crianças); sonolência; alteração de memória; sono de má qualidade.

 

Pulmonar

 

A SPPT, sempre prestando serviços ao seu público, abre espaço em seu site www.pulmonar.org.br para prestação de serviços à comunidade. Ele traz aos cidadãos todo o tipo de conhecimento sobre as doenças respiratórias e pulmonares. Também dispõe de dicas de hábitos saudáveis, prevenção e cuidados para cuidar da saúde As dicas do portal Pulmonar, assim como seu conteúdo, não substituem o acompanhamento médico.


Crédito:Cris Padilha

Autor:Chico Damaso

Fonte:Chico Damaso