Rio de Janeiro, 23 de Abril de 2024

Estados Unidos lançam programa para adolescentes preservarem a fertilidade

Estados Unidos lançam programa para adolescentes preservarem a fertilidade

Especialista brasileira diz que é muito comum negligenciar  a possibilidade de gerar um filho quando se é muito nova 


Acaba de ser lançado o “Manicures and Martinis”, programa desenvolvido pela American Fertility Association para ampliar a divulgação do ‘sim’ e ‘não’ na preservação da fertilidade.

A série deve circular por 20 grandes cidades note-americanas e é coordenada pelo doutor Jamie Grifo, da Faculdade de Medicina de Nova York, e conta com a participação de importantes especialistas em Medicina Reprodutiva.

O programa chama atenção para o fato de que é grande o número de mulheres com menos de 30 anos mais interessadas em evitar uma gravidez do que em ficar grávidas.

Apesar de haver inúmeros tratamentos que possibilitam uma gestação segura até mesmo depois dos 50 anos, o problema é o descuido que se tem quando não se está levando em consideração o futuro, como se expor a determinadas toxinas, empregar os meios apropriados para evitar doenças sexualmente transmissíveis etc. “Há jovens de 19 anos que já não podem ser mães”, diz Grifo 

Na opinião da médica ginecologista Silvana Chedid, especialista em Reprodução Humana, a prevenção das DSTs desde a iniciação sexual deve ser tratada com mais seriedade pelos adolescentes.

“No Brasil, o alto índice de gravidez na adolescência e até mesmo de abortos e transmissão do vírus da Aids reflete a necessidade urgente de programas educacionais para valorização da saúde sexual dos jovens. Para se ter uma idéia da gravidade do problema, as drogas são responsáveis pela maioria dos casos em que a investigação da infertilidade se mostra complexa 

A doutora Silvana afirma que não são apenas o fumo, a maconha, a cocaína e o álcool que podem comprometer a saúde sexual, mas até mesmo medicamentos para depressão, ansiedade, pressão alta, e algumas fórmulas com finalidade de emagrecimento. 

“Essas drogas podem levar à infertilidade permanente, se usadas por tempo prolongado. Nas mulheres, podem resultar em disfunção ovulatória, irregularidades menstruais e diminuir a reserva ovariana, comprometendo seriamente a capacidade de engravidar”. 

Para reduzir riscos e conseqüências durante a adolescência, a médica diz que é importante que os pais levem os filhos ao hebiatra (médico especializado em adolescentes) por volta dos 11 ou 12 anos, para que sejam capazes de entender todos os processos por que seus corpos estão passando.

“Para as meninas, um conselho: o uso de preservativo não é responsabilidade somente do namorado. É aconselhável ter sempre um na bolsa. Aproveite para perguntar à sua médica sobre preservativos femininos. O importante é não descuidar da saúde 

Fontes:

http://www.theafa.org

Dra. Silvana Chedid é diretora da Clínica Chedid Grieco de Medicina Reprodutiva (www.chedidgrieco.com.br) e chefe do setor de Reprodução Humana do Hospital Beneficência Portuguesa.

Crédito:Cris Padilha

Autor:Heloísa Paiva

Fonte:Universo da Mulher