Rio de Janeiro, 23 de Abril de 2024

Novembro: mês Internacional de Conscientização da Hipertensão Pulmonar

SPPT alerta para a Hipertensão Pulmonar

 


         Doença rara, desconhecida, grave e sem cura, a hipertensão arterial pulmonar representa importante risco de óbito. Surge em conseqüência da elevação da pressão sangüínea nas artérias que levam o sangue do coração aos pulmões.

 

         Muitos fatores podem estar associados ao aumento da pressão nas artérias pulmonares. A dra. Jaquelina Ota, vice-presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), explica que quem usa remédios para emagrecer, quem possui alguns tipos de doenças reumatológicas, portadores do vírus HIV, de cirrose hepática ou de cardiopatias congênitas estão no grupo vulnerável.  Existe a forma idiopática, onde a causa não é conhecida, geralmente afeta mulheres jovens.

 

         Os principais sintomas da hipertensão pulmonar são cansaço, falta de ar, dores no peito, palpitações, tontura e desmaios. Os pacientes também podem desenvolver sintomas de insuficiência cardíaca, quando as contrações musculares do coração não forem fortes o suficiente para bombear sangue através das altas pressões nas artérias pulmonares.

 

         Porém, apresentar estes sintomas não é suficiente para diagnosticar a doença. “Mesmo nos centros mais avançados, do aparecimento dos sintomas até a confirmação da hipertensão pulmonar, os pacientes percorrem vários médicos até alguém suspeitar da doença, levando uns dois anos mais ou menos”, afirma Jaquelina Ota. Como conseqüência, os pacientes podem ser diagnosticados apenas quando o problema já progrediu bastante.

 

         A especialista também destaca que dados internacionais estimam 1 a 2 casos de hipertensão arterial pulmonar idiopática entre um milhão de habitantes, porém acredita que a doença ainda é sub-diagnosticada. Um registro brasileiro encontra-se em andamento para melhor conhecimento da doença em nosso país.

 

         Não há cura para a hipertensão arterial pulmonar idiopática, mas atualmente existem tratamentos que melhoram a qualidade de vida, a capacidade ao exercício e o tempo de vida destes pacientes. O tratamento depende da causa, havendo indicação para casos específicos, de medicações que dilatam os vasos do pulmão e que diminuem a proliferação celular. Esses medicamentos hoje estão disponíveis na rede pública, comenta o dr. José Eduardo Delfini Cançado, Presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia. Em casos muito graves, o transplante de pulmão pode ser necessário.

Crédito:Cris Padilha

Autor:Acontece - Chico Damaso

Fonte:Universo da Mulher