Rio de Janeiro, 18 de Maio de 2024

Por um mundo melhor, eu me redimo...

Concordo que neste momento eu deveria escrever sobre coisas amenas para
acalentar os ânimos. Sim, em momentos de tensão, como este que vivemos,
tratar ou pensar sobre este tema talvez não nos leve a nenhum "nirvana".
 
 
Não dá gente...A palavra que me cala no coração e que tem me devorado,
apesar de ser tão usada hoje é a tal da Violência.
 
 
Não, não vou falar desta violência que tantas pessoas estão noticiando,
divulgando ou até mesmo tentando entender na sua forma racional, política e
possivelmente didática, tornando assim o ato de violência tão longe de
nossas vidas, como se não fossemos nós os violentos.
Não, não somos nós não, são os outros, os outros bem distantes...Talvez aquele que está na rua,
aquele que está fora.
Será?
 
 
Não vamos pensar nos Estados Unidos, Iraque ou sei lá quem mais, vamos
pensar em nós mesmos, como nós somos violentos. O pior, violentos e por
várias vezes, ignorantes por não termos a humildade e honestidade de
entender que cometemos vários tipos de violência.
 
 
A violência é um ato de covardia e a covardia é um ato de ignorância
(pensavas que a ignorância era apenas não saber?
Não. Pode ser entre outras coisas um ato de não perceber de não assumir, não verificar).
 
 
Podemos neste pretensioso artigo pensar na violência que cometemos contra
nós mesmos.
Todos os dias nós nos violentamos, todos os dias não somos
sinceros conosco mesmo, todos os dias deixamos para depois um momento de
auto-análise, um momento de satisfação.
 
 
 
Falamos o tempo inteiro de trocas e deixamos de nos dar atenção, de ver e rever nossos sentimentos, nossas verdades, nossas mentiras.Passamos por cima de nossas verdades para sermos o que a sociedade espera, o que ela determina.
 
 
Podemos também pensar na violência que cometemos com nossas famílias, não
sendo honestos, sinceros e éticos. Sim, fazemos isso com nossa família,
fazemos isso com nossos parentes, fazemos isso com nossos amigos, fazemos
isso com a pessoa que amamos.
 
 
Porque será que somos tão violentos?? Porque será que pregamos a
não-violência, a ética, a moral e no reduto de nossa intimidade somos
violentos??? Porque será que cobramos, falamos, citamos a tal ética e somos
a própria falta de ética?
 
 
Porque será que muitas vezes a nossa escolha está permeada de violência? O
pior de tudo, é que esta violência não é vista a olhos nus, precisa de uma
vivência mais íntima para se perceber como somos violentos. Talvez se você
se tornar íntimo de você  mesmo perceberá que você é o grande violentador,
até mesmo de você!

 
Então...Eu posso não ser a "Senhora da verdade", mas estou buscando uma
conscientização, refletindo/pensando sobre os meus atos de violência para
comigo e para com o meu próximo. Façamos um pacto, eu penso/reflito aqui e
você aí, talvez possamos fazer juntos, buscando todos nós essa
conscientização!
 
 
 

Crédito:Walnei Arenque

Autor:Walnei Arenque

Fonte:Universo da Mulher