Rio de Janeiro, 29 de Março de 2024

Meu filho não come! E agora?

Meu filho não come! E agora?
 
 
Saiba como lidar com esse dilema e garantir uma alimentação adequada e saudável às crianças

Para muitas mães, a hora das refeições é a verdadeira hora do pesadelo! Não importa o tempo dedicado para tentar tornar a comida mais apetitosa e bonita (seja desenhando carinhas com arroz e feijão ou disfarçando as verduras no meio de hamburgueres). A resposta de algumas crianças é sempre um sonoro ‘não’ seguido de uma cara emburrada e chorosa. E é aí que começa o teste de paciência. Sem forças para lutar após desgastadas – e frustradas – tentativas, os pais amolecem e acabam cedendo ao encantos dos pequenos e não inistem mais com a comida. 

Essa prática é muito perigosa, tanto para os pais quanto, principalmente, para as crianças. A desnutrição é sinônimo de falha de crescimento, pode causar anemia e tem efeitos negativos na saúde geral da criança. E mesmo em crianças bem nutridas e saudáveis, não fazer um desjejum tem efeito negativo sobre o seu desempenho cognitivo.  

Esse problema, geralmente, tem início a partir dos 2 anos de idade, que é quando a criança já desenvolve uma certa autonomia ao passar da alimentação infantil (papinhas e mamadeira) para um formato mais adulto, com a inclusão de alimentos sólidos. Essa mudança faz com que os pais estranhem a criança, que antes ‘comia de tudo’, e depois passa a rejeitar qualquer tipo de alimento.  

Chamadas de picky eaters (ou ‘comedores seletivos’), essas crianças têm um comportamento alimentar que pode variar, desde excluir determinados grupos de alimentos (sendo os mais comuns as verduras, legumes e peixes), pular refeições ou, ainda, comer muito pouco. O problema é mais comum do que se imagina: estima-se que cerca de 50% das crianças entre 2 e 5 anos possam ser consideradas picky eaters. Apesar de passageiro, o problema causa diversos transtornos que afetam tanto a criança (progresso cognitivo, desenvolvimento e crescimento) quanto os pais (brigas entre o casal, stress).  

Diante deste cenário, surge a principal pergunta: Como lidar com uma criança que possui dificuldades em se alimentar? Antes de se tomar qualquer atitude, o ideal é procurar o auxílio de um profissional. O pediatra ou o nutriciosta têm propriedades e conhecimentos necessários para saber lidar com essa situação, identificando a causa e indicando o melhor caminho a ser seguido. 

O tratamento de readequação alimentar deverá incluir orientações nutricionais, comportamentais e psicológicas; mas não só para as crianças como também para os pais e irmãos. Isso porque os hábitos alimentares dos pais exercem papel fundamental na criação dos filhos e, mais, uma criança poderá influenciar a outra (no caso, seu irmão), disseminando o transtorno. Por isso, o tratamento multidisciplinar e extensivo é de extrema importância. 

Em muitos casos, o uso de suplementos nutricionais se faz necessário, o mais importante, é saber definir qual é o produto indicado. O mais importante é buscar por um que conte com uma fórmula completa e balanceada, diluída em água, que garanta a ingestão dos nutrientes essenciais para preencher as lacunas nutricionais na fase em que a criança não come adequadamente. Seguir algumas dicas e apostar em suplementos nutricionais como o PediaSure, desenvolvido pela Divisão Nutricional da Abbott Laboratórios, podem melhorar o aporte nutricional dos pequenos e acalmar os ânimos à mesa. Suplementos como este são uma alternativa de incrementar a dieta infantil e evitar que a criança fique em risco nutricional enquanto passa pelo processo de adaptação a uma dieta mais saudável.  

Paralelamente, não se pode lançar mão de algumas estratégias para despertar o interesse dos pequenos pela comida balanceada. Apostar em preparações mais atrativas para a criança pode ser uma boa dica. Apresentar pratos coloridos, fazer carinhas com a comida e oferecer o alimento rejeitado pelo menos dez vezes, em refeições e com apresentações diferentes (modo de preparo: cozido, frito, assado, purê).  

O ideal é brincar com o alimento, mas não brincar com a alimentação. Isto é, não distrair, não enganar, não forçar, não castigar ou premiar. O famoso aviãozinho, por exemplo, está fora de cogitação, pois é uma maneira de enganar e distrair a criança quando na verdade, ela precisa se concentrar na atividade da refeição, sentir o sabor dos alimentos e entender a sensação de fome e de saciedade. Com uma distração – por exemplo, uma TV ligada - a criança, e qualquer pessoa, come automaticamente. Às vezes, pode comer mais do que o suficiente para saciar sua fome. É muito importante que os pais imponham limites aos filhos – horários para as refeições, locais apropriados, ritmo de alimentação sem exageros na duração.

 

Crédito:Cris Padilha

Autor:Adriana Marcely Pedroso

Fonte:Universo da Mulher