Rio de Janeiro, 28 de Março de 2024

Trompas obstruídas é a causa mais freqüente da infertilidade feminina

Projeto Beta disponibiliza especialistas para tratar do problema com responsabilidade social.
 
 
Várias são as causas da dificuldade em se obter uma gestação, enfrentada por uma mulher, tais como ovulação inadequada, alterações uterinas e dificuldade em receber bem o espermatozóide. No entanto, a causa mais freqüente é a alteração das trompas uterinas.
        
De acordo com o médico especialista em reprodução humana, Newton Eduardo Busso, as trompas têm a função de unir o óvulo ao espermatozóide, permitindo que ocorra a fertilização, que é a formação do embrião. “A trompa também escolhe o momento mais adequado de encaminhar este embrião para dentro do útero, para que ele possa se desenvolver”, afirma o médico, que destaca a importância anatômica e funcional das trompas. “Quando ela se encontra alterada, acaba não podendo realizar esta função, o que inviabiliza um casal, com boa saúde e fertilidade, a obter uma gestação”.
 
       
O médico explica que as causas que levam às alterações das trompas são muitas. “As mais freqüentes são infecções, cirurgias ginecológicas, não-ginecológicas e a endometriose. As infecções ginecológicas podem ser responsáveis por lesões graves que muitas vezes passam desapercebidas, sendo diagnosticadas somente quando o casal procura ajuda para ter filhos”, afirma Busso. Segundo ele, as doenças sexualmente transmissíveis mais comuns, que causam problemas nas trompas - a gonorréia e a clamídia -, com freqüência, acometem a mulher em idade reprodutiva.
 
       
De acordo com o especialista, as cirurgias ginecológicas ou não-ginecológicas, que são realizadas sobre a pelve como miomectomias, cistos ovarianos ou apendicectomias, podem lesar as trompas e impedir o seu adequado funcionamento. “Também a endometriose - doença de origem pouco conhecida, que acomete cerca de 30% das mulheres inférteis - pode, em alguns casos, alterar a anatomia da trompa e impedir a gestação natural”, afirma.
    
       
O diagnóstico é feito por intermédio de alguns exames, através dos quais o médico avalia e indica o melhor tratamento. “Pode ser cirúrgico, com correção das trompas, ou a fertilização “in-vitro” (FIV), com a substituição da função das trompas pelo laboratório”, analisa o médico.
 
       
A fertilização “in-vitro” tem, hoje, uma técnica bastante desenvolvida e com bons resultados. O problema tem sido o acesso ao tratamento. Muitas vezes, os custos não são acessíveis, em clínicas particulares, além dos casais enfrentarem dificuldades, através serviço público. Foi pensando nisso que um grupo de médicos se uniu para oferecer os tratamentos, adequando os custos dos mesmos às condições sócio-econômicas dos casais. É o Projeto Beta – Medicina Reprodutiva com Responsabilidade Social.
 
 
 
Sobre o Projeto Beta
 
       
O Projeto Beta é primeiro centro especializado em medicina reprodutiva privado a tratar a infertilidade com responsabilidade social. O objetivo é oferecer soluções para problemas de fertilidade aos cerca de 15% dos casais que enfrentam dificuldades em obter gestação e muitas vezes acabam desistindo do sonho de terem filho devido à escassez de tratamento pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
 
       
Ao adequar o custo do tratamento à classificação social de cada casal, o Projeto Beta deverá atender cerca de 80 casos/mês, até o final do ano, com preços a partir de R$ 1,5 mil, atendendo grande parte do público que não tem condições de pagar pelo tratamento, nas clínicas particulares, e que não encontram atendimento na rede pública.
 
       
Implantado há um ano, o projeto é formado por um grupo de 50 profissionais da área de saúde e trata-se de uma iniciativa pioneira liderada pelos médicos: Elvio Tognotti (médico assistente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo); Jonathas Borges Soares (Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida); Nelson Antunes Junior (responsável pelo departamento de reprodução humana da Faculdade de Medicina do ABC); Newton Eduardo Busso (professor assistente da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa); e Sidney Glina (presidente da Sociedade Brasileira de Urologia).
 
       
Com uma equipe multidisciplinar, também formada por biólogos, embriologistas, ginecologistas, urologistas, enfermeiros e parcerias com laboratórios farmacêuticos e financeiras, o Projeto Beta busca oferecer excelência no atendimento de casais inférteis e encontrar uma solução eficaz para o problema específico de cada um, utilizando estratégias que facilitem o acesso a tratamentos de infertilidade.
 
       
O Projeto realiza palestras gratuitas e orienta os casais sobre os tipos de tratamento oferecidos pelo projeto. Além disso, os casais podem tirar dúvidas com especialistas e passar por consultas, ultra-sonografia e análise seminal criteriosa. Após a escolha do melhor tratamento para o caso, são encaminhados à assistente social. Nessa etapa é realizado estudo para a adequação do custo do tratamento ao perfil sócio-econômico dos casais. 
 
       
O local das palestras é a avenida Angélica, 688 - auditório do primeiro andar - bairro Higienópolis, São Paulo. As inscrições devem ser feitas pelo telefone (11) 3826-7017, de segunda a sexta, a partir das 14h00. As próximas serão nas seguintes datas: 19/11 e 10/12.
 
 
 

Crédito:Luiz Affonso

Autor:Flávia Popov

Fonte:TDPO – Comunicação Inteligente