Os maiores erros de quem está construindo ou reformando, sem dúvida, estão na hora de orçar a obra.
Pequenos detalhes passam desapercebidos pelos clientes quando montam seu planejamento, e com o tempo, se tornam grandes dores de cabeça.
Por isso, a dica é pensar em todos os pontos do orçamento, para que não aconteça um dos erros mais graves: a falta de dinheiro durante o projeto.
Um orçamento estimativo que não fuja a realidade precisa levar em conta, por exemplo, todos os materiais de acabamento com suas quantidades e preços.
Além disso, é importante calcular precisamente a modulação da pavimentação, e ainda incluir a perda de material e o prazo para pagar esta etapa do projeto.
“Somente dessa forma o cliente evita surpresas no caminho”, afirma a arquiteta Cynthia Pimentel Duarte, adepta do controle total dos gastos em uma obra. Para ela, todas as etapas devem ser orçadas previamente, da construção à decoração, levando em conta a especificação de cada tipo de material. “É preferível oferecer várias opções de materiais e estimar o seu custo máximo, pois assim o cliente sabe que os gastos não vão ultrapassar a estimativa inicial”, analisa Cynthia.
O acabamento é a etapa mais cara do projeto, por isso cada tipo de material especificado deve ser orçado e aceito pelo cliente.
Outro problema são as constantes modificações no projeto original, o que muda custos e prazos.
“Quanto mais detalhados forem os orçamentos, menores as probabilidades do cliente não entender o projeto e efetuar mudanças durante a execução da obra”, afirma.
Ela ainda dá algumas dicas de quais os detalhes no acabamento são “esquecidos” pela maioria dos profissionais.
“Fique de olho na hora de orçar maçanetas, acabamento de tomadas, esquadrias, vidros, metais, spots (a iluminação é uma das coisas mais caras), rodapés, portões, marcenaria, entre outros, pois os preços são muito variados e podem fazer uma grande diferença no orçamento final”, explica.
É por esse motivo que o trabalho de especificação de materiais e de cotação de preços, que exigem tempo e cuidado, tem que andar juntos na elaboração do projeto para que o custo do material sugerido seja aprovado pelo cliente ainda nesta fase.
“Tenho o cuidado de ao terminar um projeto, sempre deixar fechado com o cliente o custo da obra e o prazo de entrega, pois normalmente não mudamos mais nada”, ressalta Cynthia Pimentel Duarte.
E, finalmente, com o orçamento detalhado na mão o arquiteto está apto a negociar mão de obra e prazos de entrega.
Muitas vezes há a necessidade de optar por materiais mais acessíveis à realidade financeira do cliente, mas que causam o efeito desejável no projeto.
O importante é calcular tudo, assim a obra não sofre atrasos e arquiteto e clientes ficam satisfeitos.
Cynthia Pimentel Duarte é arquiteta e designer, com larga experiência em projetos, reformas e decoração de residências e em design de mobiliários. Com um estilo contemporâneo, já assinou projetos em apartamentos luxuosos e mansões cariocas, também em veleiros, lanchas e lojas. Em sua carreira, como arquiteta da empresa Sondotécnica, participou ativamente dos projetos das instalações industriais da Casa da Moeda em Sta. Cruz, RJ, e de estações de Metrô do Rio de Janeiro e da Rede Ferroviária Federal. Agora a arquiteta abre uma filial de seu escritório em São Paulo, para onde irá trazer sua experiência e criatividade profissional.
Crédito:Giulianna Aquarone
Autor:Cynthia Pimentel Duarte
Fonte:Top Press Comunicação